Por Pollyana Cabral
Parte da preparação para o parto, as vacinas são essenciais para as gestantes e para os bebês; vacinas aplicadas no recém-nascido podem durar até a fase adulta.
Vacinas aplicadas nas gestantes e nos recém nascidos nos primeiros meses após o nascimento são fundamentais para o desenvolvimento adequado. Especialistas da Rede Ímpar de Brasília explicam a importância da imunização no tempo adequado.
Segundo a infectologista e especialista em vacinas do Laboratório Exame/Dasa Maria Isabel de Moraes Pinto, as gestantes precisam se vacinar, pois algumas doenças podem facilmente evoluir para quadros graves. “A vacinação da mãe também transmite anticorpos para o bebê, que irão protegê-lo contra doenças que podem ser fatais”, alerta.
De acordo com a médica, as principais vacinas durante a gestação são a gripe/influenza e dTpa/tríplice bacteriana. Segundo a infectologista, mesmo que a mulher já tenha tomado alguma dose, é necessário fazer uma nova dose a cada gestação.
Pediatra e gerente médica da Maternidade Brasília, Sandi Sato informa que as primeiras vacinas que o bebê deve receber são a BCG e a Hepatite B. “Essas vacinas vão garantir a imunidade não só no período da infância, mas por toda a vida. Muitas delas protegerão até a vida adulta, outras precisarão de doses de manutenção”, destaca.
Agora, conheça um pouco sobre as vacinas citadas:
Influenza (contra a gripe)
Durante a gravidez, as funções imunológicas, cardíacas e pulmonares variam de mulher para mulher, mesmo que tenham a mesma idade. Com isso, o risco de contrair uma simples gripe aumenta. Entretanto, o que é “simples” pode afetar de forma grave o organismo da gestante. Há riscos de complicações, como trabalho de parto prematuro. Assim, é indicada a vacinação contra a gripe, que pode ser realizada em qualquer trimestre da gestação.
dTpa/tríplice bacteriana (protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche)
A tríplice bacteriana visa a proteger, principalmente, o recém-nascido. Sem a imunização, o bebê pode adquirir a coqueluche (tosse comprida), levando até mesmo a morte. Metade dos bebês com menos de 1 ano que apresentam essa condição precisa de tratamento intensivo no hospital. A dTpa também protege o pequeno do tétano, que pode ocorrer pela contaminação do cordão umbilical, e da difteria, que pode causar obstrução respiratória, com alta taxa de mortalidade entre os recém-nascidos. A vacina dTpa/tríplice bacteriana deve ser administrada entre o quinto e sétimo mês de gestação.
BCG
BCG é aquela que, na maioria das vezes, deixa uma marquinha no braço. A BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) é a vacina que protege o bebê contra as formas graves da tuberculose. Ela deve ser aplicada nos primeiros dias de vida. Apenas em casos de complicações ela pode ser aplicada depois, devendo respeitar o prazo de até um mês após o nascimento.
Hepatite B
Aplicada ainda na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida, na coxa do bebê, a vacina tem uma segunda dose após o primeiro mês e uma terceira após seis meses de nascimento. Ela protege contra a hepatite B, que pode levar a uma infecção crônica do fígado e, em alguns casos, levar até ao câncer.
Cuide-se!
Antes do parto as gestantes passam por vários cuidados para que tudo corra bem. A vacinação é parte essencial nesse processo. É dentro do útero que se inicia a imunização do bebê. Ele recebe todo o cuidado necessário ainda dentro do corpo da mãe. Ao entrar no mundo, o bebê também precisa se adaptar às mudanças externas.
“A vacinação é uma forma de proteger contra uma série de infecções, sem expor as pessoas aos riscos. Além disso, a intenção é proporcionar uma imunidade coletiva, ou seja, quando a maioria das pessoas está imunizada contra o vírus ou bactéria, diminui a circulação dele no mundo. Então, a vacinação faz parte de um projeto para uma sociedade melhor”, destaca a infectologista Maria Isabel.
As vacinas citadas estão disponíveis no laboratório Exame. Confira mais sobre as imunizações antes do parto e as necessárias para o recém-nascido e ao longo da vida clicando aqui.