PRINCIPAIS PARTOLOGIAS DO SISTEMA NERVOSO -ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL / HEMORRAGIA CEREBRAL.

Por Raquel Luiza,

É o sangramento dentro do parênquima cerebral, geralmente devido a um vaso sanguíneo rompido.

Acidente vascular cerebral (AVC) – Sociedade de Neurocirurgia do Rio de  Janeiro

Representa cerca de 15% dos acidentes cerebrais.

As causas mais frequentes são hemorragia hipertensiva, malformações arteriovenosas, distúrbios de coagulação e hemorragia intratumoral.

O principal fator associado é a hipertensão.

 

SINTOMATOLOGIA

 

Os sintomas dependem da localização e do tamanho do sangramento.

Hematomas profundos. Subcortical, nos gânglios da base e no tálamo.

Está associada a distúrbios de linguagem (hemisfério dominante) ou síndrome parietal com anosognosia (ausência de consciência ou negação do déficit), distúrbios apráxicos, confusão (hemisfério não dominante), juntamente com disfunção de linha longa e alterações na visão podem ocorrer campos.

Hemorragia lobar. Cortical ou subcortical, em qualquer área dos hemisférios. O espectro clínico é variado e difícil de sistematizar. As convulsões no início do quadro são mais frequentes (cerca de três vezes mais) do que nas hemorragias em outros locais; Quando o tamanho do hematoma ultrapassa 4 cm, a evolução do modo e o mau prognóstico são a norma.

Hematoma cerebelar , Apresentação clínica usual é cefaleia occipital ou frontal súbita, uma síndrome vestibular aguda e ataxia (falta de controle muscular ou coordenação de movimentos voluntários, como caminhar ou pegar objetos). É muito comum a associação de uma síndrome cerebelar com envolvimento de tratos longos e nervos cranianos, instabilidade cardiovascular e diminuição do nível de consciência.

Hematoma do tronco cerebral. A ponte é o local mais comum de hemorragias no tronco e o bulbo a topografia mais rara. Geralmente estão associados a extrema gravidade, exceto lesões puntiformes ou pequenas, que causarão uma síndrome alternada, com acometimento variável dos vestíbulos, pares baixos, oculomotores ou pupilar.

Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares - SBDCV

 

DIAGNÓSTICO

Devem ser realizados análises de sangue completas e estudo de coagulação.

O método de escolha é a tomografia axial computadorizada, que permite determinar o local do sangramento na fase aguda.

 

TRATAMENTO

A atitude terapêutica inicial é garantir funções vitais.

Pacientes com diminuição do nível de consciência e / ou com sinais de envolvimento do tronco encefálico são aqueles que requerem medidas mais agressivas ou urgentes.

O tratamento na fase aguda visa reduzir a pressão intracraneal e controlar a hipertensão arterial.

As recomendações da cirurgia são as seguintes:

pacientes com hemorragia cerebelar maior que 3 cm, deterioração neurológica, compressão de tronco ou hidrocefalia; pacientes com sangramento associado a lesão estrutural (aneurisma, malformação arteriovenosa ou angioma cavernoso); pacientes jovens com hemorragia lobar moderada ou grande (20-40 ml, o que equivaleria a 3,5-5 cm de diâmetro supondo que o hematoma seja esférico), sem suspeita de angiopatia amiloide, que apresentam deterioração neurológica.

Uma vez que o quadro clínico tenha estabilizado, é necessário iniciar a reabilitação para reduzir a deterioração funcional.

Hemorragia intracerebral - Distúrbios neurológicos - Manuais MSD edição  para profissionais

Hemorragia hipertensiva aguda

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