PRINCIPAIS PATOLOGIAS DO SISTEMA NERVOSO – MENINGITE

Por Raquel Luiza,

MENINGITE

Inflamação das meninges por causas infecciosas e não infecciosas.

A causa mais comum é a infecção viral, geralmente por enterovírus ou vírus herpes simplex.

A meningite bacteriana representa uma condição mais séria.

Em recém-nascidos, é causada por estreptococos beta-hemolíticos do grupo B ou bacilos gram-negativos.

Neisseria meningites ou meningocócicos e Haemophilus influenzae são observados em crianças entre 1 mês e 15 anos.

Meningocócica é a causa mais frequente de epidemias.

Em adultos, os germes mais frequentemente envolvidos são Estreptococos pneumonia e meningocócicos.

Em indivíduos imunossuprimidos, a infecção por Mycobacterium tuberculoses e Cryptococcus spp.

Os germes chegam às meninges através do sangue de uma fonte infecciosa distante, como uma infecção respiratória ou de fontes contíguas (sinusite, otite). Com menos frequência, eles o fazem por meio de uma comunicação entre o líquido cefalorraquidiano e a pele.

As complicações mais frequentes são surdez, cegueira e hidrocefalia (obstrução do fluxo do líquido cefalorraquidiano).

As causas não infecciosas incluem radioterapia, sarcoidose e neoplasias.

 

SINTOMATOLOGIA

O quadro clínico clássico da meningite bacteriana (ou purulenta) se apresenta com febre alta, cefaleia, fotofobia (intolerância à luz), rigidez de nuca, náuseas e vômitos.

Os sinais de Kernig (dor em extensão total do joelho com a coxa a 90º do tronco) e os sinais de Brudzinski (flexão das pernas com a cabeça do paciente inclinada para frente) estão presentes.

Pode haver confusão e convulsões

Uma erupção cutânea purpúrica ou petequeia é observada na meningite meningocócica, S. pneumoniae, S. aureus e enterovírus.

15% dos pacientes com meningite meningocócica desenvolvem um schok séptico com insuficiência de múltiplos órgãos, uma síndrome de dificuldade respiratória do adulto, coagulação intravascular disseminada (DIC) e necrose hemorrágica das glândulas adrenais (síndrome de Walter-house-Friede-richsen), com alta mortalidade taxa em algumas horas.

 

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DIAGNÓSTICO

É realizada por meio da análise das características citológicas, bioquímicas e microbiológicas do líquido cefalorraquidiano obtido por punção no espaço intervertebral da região lombar (punção lombar).

 

TRATAMENTO

A meningite bacteriana é considerada uma emergência médica, por isso é necessário iniciar o tratamento com antibióticos o mais rápido possível.

Como regra geral, o tratamento antibiótico empírico deve incluir uma cefalosporina de terceira geração (cefataxina ou ceftriaxona) administrada por via intravenosa, que deve ser associada a outro antibiótico dependendo da idade, dos microrganismos mais frequentemente envolvidos, os padrões são a sensibilidade que existe em nosso meio e o fatores de risco do paciente.

Os contatos íntimos da família e dos companheiros mais próximos de escola ou creche devem receber tratamento profilático com antibióticos.

Aqueles com causas virais requerem tratamento sintomático. O causado pelo herpes simples pode ser tratado com antivirais específicos.

Existem vacinas que protegem contra Haemophilus, pneumocócica e meningite meningocócica.

A vacinação é a principal forma de evitar a meningite. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), as vacinas contra os tipos A, B, C, W e Y de meningococo são seguras e eficazes.

A Sbim e a Sociedade Brasileira de Pediatria ( SBP) recomendam preferencialmente dar a vacina meningocócica conjugada ACWY para crianças aos 3, 5 e 7 meses de vida. As doses de reforço são indicadas en duas ocasiões: entre 4 e 6 anos e aos 11 anos de idade.

E claro, quem ainda não se imunizou nestas datas deve, buscar sua proteção. Procure um medico o acesse o site da Sbim para maiores informações.

 

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