Por Raquel Luiza,
ENXAQUECA
É um processo de curso épico, com intervalos assintomáticos entre as crises, cujo principal sintoma é a cefaleia.
Sua gênese envolve alterações no tônus vasomotor da circulação cerebral, nos núcleos serotonérgicos do tronco encefálico e no núcleo do nervo trigêmeo no bulbo.
SINTOMATOLOGIA
A enxaqueca apresenta-se como uma cefaleia localizada na metade do crânio (hemicrania), com características pulsáteis. Está associada a náuseas e vômitos, fotofobia (intolerância à luz) e sonofobia (intolerância a estímulos auditivos). Às vezes, pode ser precedido por sintomas visuais (visão turva) ou sensoriais chamados auras.
Fatores precipitantes como fadiga, distúrbios do sono, jejum, álcool, menstruação e exercícios são reconhecidos.
No início de 2018, a OMS (Organização Mundial de Saúde) incluiu a enxaqueca, doença neurológica, hereditária e crônica, no rol das enfermidades mais incapacitantes.
Não é para menos. Para quem sofre de enxaqueca, o impacto social, econômico e emocional é inevitável, uma vez que o paciente não presta atenção nas coisas, não trabalha ou estuda bem e tem certas áreas da memória afetadas durante uma crise.
“A enxaqueca se diferencia de uma dor de cabeça comum porque começa fraca e latejante, na metade da cabeça, e vai aumentando progressivamente”, explica o Dr. Mauro Atra, neurologista do HCor que completa: “associa-se a essa dor a aversão a luz, barulho e odores, bem como náuseas e vômitos”.
Infelizmente, a enxaqueca é uma doença crônica, ou seja, sem cura. A boa notícia é que tem como tratar a dor aguda e, principalmente, preveni-la.
Para saber mais, assista à playlist HCor Explica sobre Enxaqueca abaixo:
DIAGNÓSTICO
É feito através da história médica.
TRATAMENTO
Os medicamentos para o tratamento agudo da enxaqueca são de duas classes: não específicos (paraceramol, cetorolaco, anti-inflamatórios não esteroides – AINEs) e específicos: ergotaminas (diidroergotamina) e triptanos (sumatriptano, naratripano, almotripano).
A profilaxia da enxaqueca está indicada nos seguintes casos: crises semanais ou vários meses, crises prolongadas ou muito debilitantes ou padrão previsível de crises (menstruação).
Os medicamentos utilizados são: betabloqueadores (propanolol), antagonistas do cálcio (flunarizina, verapamil), antidepressivos tricíclicos, ácido valpróico ou topiramato. Os AINEs são de escolha nas enxaquecas menstruais.