Por Raquel Luiza,
Termino este mes de março com as principais patologias do sistema nervoso, espero ter contribuido para um melhor entendimento do meus leitores, de cada um que acompanha meu trabalho. O de hoje o assumo é de muito relevancia:
TUMOR CEREBRAL
Em adultos, os tumores secundários (metástases) são mais frequentes, geralmente de câncer de pulmão, mama ou melanoma.
Os gliomas são os tumores primários mais comuns (originários do sistema nervoso central). Origina-se das células da glia e apresenta diferentes graus de malignidade.
A glia é formada principalmente por três grupos de células, os astrócitos, a microglia e a oligodendroglia que cumprem funções de suporte, proteção e nutrição dos neurônios, além de participarem do desenvolvimento do cérebro.
Astrocitoma anaplásico e glioblastoma multiforme são os gliomas malignos mais comuns em adultos.
Astrocitomas, meduloblastomas (originados do neuroectoderma primitivo) e craniofaringiomas (originados dos restos da bursa de Rathke, estrutura que participa do desenvolvimento embrionário da hipófise) são frequentes na população infantil.
Os tumores cerebrais não metastatizam fora do crânio, embora tenham a capacidade de se espalhar através do líquido cefalorraquidiano e infiltrar-se localmente.
SINTOMATOLOGIA
Os sinais e sintomas gerais incluem dor de cabeça, náuseas, vômitos, anorexia (perda de apetite) e alterações na personalidade, humor, capacidade mental e concentração.
Os tumores cerebrais são a principal causa de epilepsia entre 35-50 anos de idade. Em 20% dos pacientes com tumores cerebrais, a epilepsia é a manifestação inicial da doença.
A focalidade neurológica se manifesta por déficit de sinais sensoriais ou motores focais, que variam dependendo da localização e do tamanho da lesão.
O curso clínico geralmente é progressivo, mas também pode começar abruptamente, simulando um acidente vascular cerebral.
DIAGNÓSTICO
É realizada por tomografia axial computadorizada e ressonância magnética nuclear.
O diagnóstico definitivo requer o estudo patológico da lesão.
TRATAMENTO
As modalidades terapêuticas mais utilizadas em tumores primários são cirurgia e radioterapia. A cirurgia permite fazer um diagnóstico histológico e diminuir a pressão intracreneal. A cirurgia raramente tem sucesso na erradicação completa do tumor, então o tratamento subsequente com radioterapia é geralmente necessário.
Geralmente, as metástases são múltiplas e são tratadas com radioterapia.