Samu fez mais de 7,8 mil atendimentos relacionados a trauma

Dados são do período de janeiro a março de 2021; maiores ocorrências foram de queda de própria altura, como na situação do “tropeçou, caiu”

AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: ABNOR GONDIM
O Serviço Móvel de Urgência conta  com 38 viaturas em 22 bases que cobrem todo DF  | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

“Com essas bases funcionando em locais estratégicos, ganhamos agilidade para que possamos chegar nos locais e atender aquela ocorrência o mais rapidamente possível”Victor Arimatea, diretor do Samu

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) registrou 7.850 atendimentos relacionados a diagnóstico de trauma nos três primeiros meses de 2021. As ocorrências mais comuns atendidas pelas equipes foram: queda de própria altura (em que a vítima cai no próprio nível em que se encontra, como na situação “tropeçou e caiu”), queda de altura, ferimento corto-contuso e relacionados a traumas ortopédicos.

Entre janeiro e março, foram 1.398 atendimentos por queda da própria altura. A maioria das ocorrências (204) foi de pessoas com idades de  71 a 80 anos. Em seguida, aparece o atendimento a pessoas entre 81 a 85 anos, com 104 atendimentos.

O diretor do Samu, Victor Arimatea, explica que atualmente o Samu está distribuído em 22 bases descentralizadas, cobrindo todo o Distrito Federal. Segundo ele, cada uma dessas bases pode ser composta de uma, duas ou três ambulâncias, de um total de 38 viaturas existentes no DF.

“Com essas bases funcionando em locais estratégicos, ganhamos agilidade para que possamos chegar nos locais e atender aquela ocorrência o mais rapidamente possível”, destacou o diretor do Samu, que observa a agilidade dos cuidados que o paciente com trauma deve receber das equipes de atenção pré-hospitalar.

Número 192 recebe por ano até 900 mil chamadas | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

“Essa população necessita exclusivamente do atendimento do Samu e do Corpo de Bombeiros, que atuam nesse cenário. E justamente nesse momento, principalmente na situação de enfrentamento à covid-19, registramos um aumento nos atendimentos tanto em relação às transferências hospitalares – nas quais o Samu participa diretamente – quanto nos atendimentos domiciliares ou na rua, onde o Samu também participa atendendo, estabilizando e conduzindo esses pacientes. Então, com nossa distribuição atual, conseguimos chegar mais rápido às ocorrências e prestar socorro a quem precisa”, ressaltou Arimatea.

423pessoas com trauma cranioencefálico foram atendidas — 19% crianças de zero a cinco anos

Outros atendimentos

Os atendimentos a agressões físicas aparecem em sexto lugar do ranking das dez maiores ocorrências atendidas pelas equipes do Samu. Foram 491 atendimentos em três meses, sendo a maioria (81 casos) envolvendo pessoas entre 36 e 40 anos.

O Samu também atendeu 423 pessoas com trauma cranioencefálico, entre janeiro e março. Quase 19% dos casos foram em crianças de zero a cinco anos.

Por ano, o Samu recebe entre 800 e 900 mil ligações via 192. Nem todas as ligações são encaminhadas, entretanto, para a mesa reguladora,  que conta com médicos reguladores especializados em receber a ligação, entender o que está acontecendo e se tem necessidade ou não de encaminhar o melhor recurso para atender determinada ocorrência.

“Cerca de um quarto das ligações geralmente são somente orientadas para o trauma. Desse trauma, temos todos os diagnósticos possíveis, geralmente onde a intervenção deve ser feita o mais rapidamente possível”, observa  Victor Arimatea.

Trotes

O diretor do Samu também chama atenção para uma prática lamentável e que ainda ocorre com frequência: os trotes.

“Infelizmente ainda temos esse tipo de registro. O ideal é que não tenhamos nenhum registro de trote nos nossos relatórios, porque isso gera demanda reprimida. Enquanto um dos nossos teleatendentes recebe uma chamada de trote, existe uma pessoa com uma ocorrência verdadeira sem conseguir falar com os nossos atendentes”, detalhou.

Este ano, o Samu já recebeu um total de 195.305 chamadas no 192 (Central de Regulação de Urgências). Desse quantitativo, 6.398 foram classificadas como trotes.

*Com informações da Secretaria de Saúde 

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