OXFORD AFIRMA TER A PRIMEIRA VACINA CONTRA MALÁRIA

Por RAQUEL LUIZA,

 

Oxford afirma ter a primeira vacina contra a malária mais de 75% eficaz, meta estabelecida pela OMS

De acordo com esse estudo inicial, publicado no ‘The Lancet’, a preparação atinge o objetivo traçado pela OMS.
Os resultados iniciais, pendentes de revisão externa, refletem uma eficácia de 77% durante 12 meses de acompanhamento.
Supere a malária.

Cientistas da Universidade de Oxford afirmam ter desenvolvido a primeira vacina contra a malária com eficácia de mais de 75%, patamar definido como meta pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo estudo preliminar publicado nesta sexta-feira (23/04/2021) no periódico jornal “The Lancet”.

Os resultados iniciais desta pesquisa em “pré-impressão” (isto é, ainda sujeita a revisão externa por outros especialistas científicos) refletem que a preparação, denominada R21 / Matrix-M, oferece uma eficácia de 77% durante 12 meses de seguimento pra cima.

A vacina mostra “níveis de eficácia sem precedentes” em ensaios preliminares, realizados entre maio e início de agosto de 2019 com 450 crianças entre 5 e 17 meses de idade em Burkina Faso, de acordo com Halidou Tinto, diretor regional da Unidade. , no centro daquele país.
Após estes primeiros resultados “muito emocionantes”, nas palavras do cientista, vários países africanos vão acolher uma nova fase de ensaios, com 4.800 crianças entre 5 e 36 meses, para confirmar os achados. A OMS estima que a malária causa mais de 400.000 mortes em todo o mundo a cada ano, a maioria entre crianças na África, e observa que 229 milhões de casos foram relatados somente em 2019.

O primeiro de mais de 100 candidatos

Mais de 100 vacinas candidatas à malária entraram em ensaios clínicos nas últimas décadas, mas nenhuma até agora demonstrou a eficácia superior a 75% prevista no Roteiro de Tecnologia de Vacinas da Malária da OMS.

A preparação do Jenner Institute, associado à University of Oxford, tem sido desenvolvida em conjunto com as empresas farmacêuticas Serum Institute of India (SII) e a americana Novavax.

“A vacina tem potencial para ter um grande impacto na saúde pública, se licenciada”, disse Adrian Hill, diretor do Instituto Jenner e co-autor do estudo, em um comunicado. De acordo com o especialista, se o uso da vacina for aprovado, pelo menos 200 milhões de doses por ano serão distribuídas nos próximos anos.

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