Doar leite materno é um gesto de amor que salva vidas

Bancos de leite do Distrito Federal arrecadaram mais de 9 mil litros do alimento de janeiro a junho deste ano

AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: ROSUALDO RODRIGUES

Um pote de leite materno é suficiente para alimentar até 10 bebês e a doação do alimento pode ser feita sem a necessidade de ir até uma das unidades da rede de Bancos de Leite Humano. O gesto de solidariedade das doadoras fez com que, até junho deste ano, 9.272,1 litros de leite materno fossem arrecadados no Distrito Federal. Em 2020, de janeiro a dezembro, foram arrecadados 17.976,1 litros de leite. A margem vem crescendo, mesmo com todas as dificuldades que a pandemia de covid-19 trouxe.

“As doadoras são solidárias com as mulheres que estão passando por um momento difícil, e por algum motivo neste momento não podem alimentar seus bebês”Miriam Santos, coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do Distrito Federal

Segundo a coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF, Miriam Santos, cada criança recebe o volume de leite adequado às suas condições clínicas, o que pode variar, dependendo da idade gestacional, do peso, da idade e da condição clínica da criança.

“A doação de leite materno faz a diferença na vida das crianças internadas nas unidades neonatais. As doadoras são solidárias com as mulheres que estão passando por um momento difícil, e por algum motivo neste momento não podem alimentar seus bebês”, pondera a coordenadora.

Campanha

A campanha de doação de leite materno deste ano traz como lema a frase: “Doação de leite humano: a pandemia trouxe mudanças, a sua doação traz esperança”. O tema chegou num momento de dificuldades diante de um cenário pandêmico. Muitas mães que estão amamentando seus bebês se sentem ainda mais expostas e tentam de todas as formas resguardar a si e aos filhos, evitando o contato social.

Porém, o momento também é de engajamento e sensibilização para doação de leite materno aos bebês que se encontram internados nas unidades hospitalares do DF.

Na rede pública de saúde do DF, existem dez Bancos de Leite Humano e três Postos de Coleta de Leite Humano (PCLH) para receber as doações | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF

Na rede pública de saúde, existem dez Bancos de Leite Humano e três Postos de Coleta de Leite Humano (PCLH) para receber as doações. O contato deve ser feito pelo número 160, opção 4, ou pelo site Amamenta Brasília (amamentabrasilia.saude.de.gov.br).

Após o contato, uma equipe do BLH ou do PCLH confirmará o cadastro e agendará a visita para a coleta do Corpo de Bombeiros, em casa, e sem nenhum custo ou deslocamento da doadora.

As equipes dos BLHs e do Corpo de Bombeiros implementaram regras mais rígidas de higienização e manuseio tanto dos frascos de leite como na hora da ordenha, o que trouxe mais segurança para as doadoras e seus bebês.

Gesto de amor

Consciência social e amor à vida são palavras e gestos que motivam as mães que estão amamentando em livre demanda a doar para os bebês que estão internados e necessitam desse alimento para sobreviver.

Mirian Santos reforça que toda mulher que está amamentando pode ser voluntária, e dessa forma, ajudar a salvar a vida de vários recém-nascidos.

O leite materno é essencial na recuperação de bebês prematuros, no desenvolvimento físico da criança, na ligação de afetividade entre mãe e filho e na fase adulta incorre em menos riscos de desenvolver doenças crônicas como diabetes e hipertensão.

 

*Com informações da Secretaria de Saúde (SES)

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