Por RAQUEL LUIZA,
Processo de envelhecimento das artérias caracterizado pelo endurecimento e espessamento da parede.
É um processo inflamatório crônico que afeta quase todas as artérias do corpo.
Começa na infância e se desenvolve ao longo da vida. É caracterizada por disfunção do endotélio, o que facilita a infiltração da parede arterial pelo colesterol, com a conseqüente entrada de macrófagos que engolfam o colesterol, produzindo um fenômeno inflamatório com proliferação de fibras lisas e aposição de cálcio, com centro formado pelos restos. de macrófagos destruídos e cristais de colesterol, formando assim a placa aterosclerótica ou placa de ateroma.
O crescimento da placa produz estreitamento progressivo da luz da artéria com a conseqüente diminuição do aporte de oxigênio e nutrientes ao tecido irrigado. Além disso, a ruptura da placa induz o fenômeno da trombose, causa última do episódio clínico vascular.
SINTOMATOLOGIA
As manifestações clínicas são observadas na idade adulta e dependem da área vascular afetada.
A aterosclerose da circulação coronária é a principal causa da doença isquêmica do coração (angina de peito e infarto agudo do miocárdio).
O envolvimento da carótida ou do cérebro pode causar um ataque isquêmico transitório (AIT) ou um acidente vascular cerebral (AVC).
A claudicação intermitente é a manifestação da aterosclerose na circulação dos membros inferiores. Consiste em dores nas extremidades inferiores ao caminhar por um certo tempo, o que o obriga a repousar de forma intermitente.
DIAGNÓSTICO
Vai depender do território vascular afetado.
O diagnóstico definitivo é feito pela arteriografia, que consiste em introduzir um cateter na região vascular a ser estudada (por exemplo, as artérias coronárias, as artérias acarótidas ou as artérias dos membros inferiores) e liberar um contraste que permite observar o presença de placas ateroscleróticas.
TRATAMENTO
Baseia-se na prevenção dos chamados fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Existem fatores não modificáveis, como hereditariedade, sexo e idade, e outros modificáveis, sobre os quais é necessário atuar de forma decisiva. ~ Observou-se que há uma predisposição genética para sofrer eventos cardiovasculares, bem como uma maior frequência deles em maiores de 65 anos e no sexo masculino.
Os fatores mais importantes nos quais a prevenção deve se basear são a detecção e controle do tabagismo, hipertensão, dislipidemia (colesterol total maior que 200mg / dl, colesterol LDL maior que 160 mg / dl e colesterol HDL menor que 35mg / dl ) e diabetes mellitus.
Também é importante atuar sobre outros fatores como obesidade, sedentarismo, estresse, hipercoagulabilidade e uso de cocaína.
Estrogênios no sexo feminino, assim como exercícios e consumo moderado de álcool parecem ter certo efeito protetor.