Por RAQUEL LUIZA,
Hoje acordei com muita saudade do meu 4 semestre da Faculdade de Medicina.Tive aula com Dr. Héctor Quevedo, prof. da Universidade Unida – Paraguai. Para mim um dos melhores profissionais que se passaram na minha trajetória de estudante de medicina até hoje. Graças a suas aulas, pensei em um tema que realmente marcou minha aprendizagem , o funcionamento do corção e seu ciclo cardíaco, e decidi homenagea-lo por todo ensimento e escrever com segurança a meus leitores e seguidores. Tenho certeza que será uma otima revisão aos amigos estudantes de medicina.
Me sinto completamente lisojeada por ter a oportunidade de passar a vocês todo meu aprendizado.
FUNCIONAMENTO DO CORAÇÃO
Sístole e diastole.
Abaixo fiz um pequeno resumo para melhor entendimento.
SISTEMA ISOMÉTRICO
Sístole é o movimento de contração da musculatura ventricular cardíaca.
Duas fases podem ser distinguidas nele. A sístole isométrica é aquela em que os ventrículos, preenchidos com o sangue que os átrios despejaram neles e com as válvulas sigmóides fechadas, experimentam um grande aumento da pressão dentro deles. Para evitar que essa pressão empurre o sangue de volta para os átrios, as válvulas atrioventriculares tricúspide e mitral se fecham nesse período, ajudando a aumentar ainda mais a pressão.
SISTEMA ISOTÔNICO
Nesta fase, a pressão interventricular é tão elevada que vence a resistência oposta pelas válvulas sigmóides, que obriga a abrir, permitindo a passagem do sangue dos ventrículos direito e esquerdo para a artéria pulmonar e artéria aorta respetivamente.
DIÁSTOLE ISOMETRICA
A diástole é o movimento de relaxamento ventricular. Como na sístole, duas fases podem ser apreciadas: a diástole isométrica é a fase em que, após o esvaziamento do sangue dos ventrículos nas artérias pulmonar e aorta, a pressão em seu interior diminui, para o que tende o sangue já evacuado Retorna. Para evitar isso, as válvulas sigmóides são fechadas e os ventrículos relaxam e aumentam sua cavidade, mantendo fechadas as válvulas de comunicação atrioventricular mitral e tricúspide.
DIÁSTOLE ISOTÔNICA
Quando os ventrículos relaxam tanto que a pressão em seu interior é menor que a dos átrios, as válvulas tricúspide e mitral se abrem e permitem a passagem do sangue que entretanto preencheu os referidos átrios.
A FISIOLOGIA DO CICLO DO CORAÇÃO
A totalidade dos eventos que ocorrem entre o início de um batimento cardíaco e o próximo é chamada de ciclo cardíaco.
Seu início é produzido pela geração espontânea do potencial de ação ao nível do nodo sinual que despolariza repetidamente ambos os átrios e atinge o nodo atrioventricular, no qual ocorre um atraso fisiológico que permite aos átrios completarem sua contração e enchimento ventricular, antes da sístole. começa. Assim, esses átrios atuam como bombas primárias para os ventrículos, ao mesmo tempo que fornecem a energia necessária para mobilizar o sangue por toda a circulação.
Fiz um resumo mostrando o que acontece em nosso coração durante o ciclo cardíaco, sua pressão e volume, como aparece em um electrocardiograma ECG, e o ruídos que aparecem na sístole e diátole.
SISTEMA ATRIAL
Coração♥ – Anteriormente, o sangue fluía passivamente pelos ventrículos, pelas válvulas tricúspide e mitral abertas.
Durante a contração atrial, o enchimento ventricular é completo, embora, como visto na curva de volume ventricular, apenas uma pequena quantidade de sangue esteja envolvida.
Pressão atrial – Esta fase corresponde à onda da curva de pressão atrial, coincidindo com sua contração. O sangue que chega ao coração não pode entrar, então uma onda de pulso retrógrado é produzida, palpável ao nível da jugular. A pressão cai assim que cessa a contração atrial.
ECG – O impulso de despolarização do nó sinusal atinge os átrios causando sua despolarização (onda P do ECG), já mencionada em artigo anterior onde escrevi sobre ECG.
O segmento PR (isolétrico) segue para a concentração ventricular e permite que seu enchimento seja concluído. Corresponde ao atraso na condução que ocorre ao nível do nó AV.
Ruídos cardíacos – Em condições fisiológicas, esta fase não corresponde a nenhum ruído. O 4º som coincide com a sístole atrial na cardiopatia congestiva hipertrófica, EP, insuficiência corpulmonar ou tricúspide.
VOLUME SISTÓLICO E FRAÇÃO DE EJEÇÃO
A diferença entre o volume diastólico final (no final da diástole) e o volume diastólico final (no final da sístole) corresponde ao volume sistólico ou volume de ejeção. A fração de ejeção é a relação entre o volume de ejeção e o volume diastólico final, ou seja, a porcentagem do volume diastólico final que é ejetado em cada sístole. Esse índice é relativamente constante em condições fisiológicas e significativamente alterado em condições de insuficiência miocárdica.
CONTRAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA SISTÓLICA
Coração ♥ – no início desta fase, as válvulas AV (mitral ou tricúspide) fecham. As válvulas seminulares aórtica e pulmonar permanecem fechadas. Nessas condições, os ventrículos, completamente cheios de sangue, começam sua contração.
Pressão e volume – O fechamento da válvula AV ocorre quando a pressão ventricular excede a dos átrios. O volume ventricular permanece constante ao longo desta fase (isovolumétrico). A pressão sofre um aumento acentuado e grande, aproximando as pressões aórtica e pulmonar.
ECG – o complexo QRS ocorre nesta fase e marca a despolarização ventricular. Sua magnitude é tal que mascara o sinal correspondente à repolarização atrial.
Ruídos cardíacos – Coincide com o primeiro som cardíaco, correspondendo ao fechamento das válvulas AV.
SISTEMA VENTRICULAR (OU CONTRAÇÃO SISTÓLICA ISOTÓNICA)
Coração ♥- o aumento da pressão intraventricular supera a resistência oposta pelas válvulas semilunar aórtica e pulmonar, o que provoca sua abertura.
A ejeção de sangue começa (ejeção rápida).
Pressão e volume- A curva de pressão continua a aumentar à medida que a concentração ventricular persiste. Após a abertura das válvulas semilunares, a fase de ejeção rápida começa com uma queda significativa na curva de volume ventricular, seguida por uma ejeção em movimento lento que completa o esvaziamento ventricular.
ECG- Durante a maior parte desta fase, o eixo permanece isolétrico. Segmento ST de ECG. Perto do final do sinal de repolização ventricular (onda T) é capturado.
Ruídos cardíacos – Durante esta fase, nenhum som cardíaco é audível, nem normal nem patológico.
DIÁSTOLE ISOVOLUMETRICA (OU ANTECIPADO)
Coração♥ – As válvulas aórtica e pulmonar estão fechadas. As válvulas AV permanecem fechadas. O enchimento atrial está sendo concluído.
Pressão e volume – O relaxamento ventricular produz uma grande queda na curva de pressão. A curva de volume ventricular permanece constante, pois a fase de enchimento ainda não foi iniciada. O final desta fase é marcado pela abertura das válvulas AV. Ao mesmo tempo, a onda v é produzida na curva de pressão atrial, no final desta fase.
ECG – nesta fase e na próxima, o eixo permanece isoelétrico, até o surgimento do próximo potencial de ação e uma nova onda P de despolarização atrial.
Ruídos cardíacos – Ouve-se a 2ª bulha cardíaca, correspondente ao clique de fechamento das válvulas aórtica e pulmonar.
DIÁSTOLE VENTRICULAR ISOTÓNICO
Coração – seu início é produzido pela abertura das válvulas AV. O relaxamento ventricular está completo. O esvaziamento atrial e o enchimento ventricular passivo começam.
Pressão e volume– A curva de pressão ventricular experimenta um aumento leve, mas sustentado ao longo desta fase. A curva de volume ventricular, que nesta fase começa com o final da sístole, ou volume telesistólica, experimenta o aumento causado pelo enchimento ventricular passivo, uma vez que as válvulas AV se abrem. O volume ventricular alcançado ao final dessa fase, mais o que chega durante a sístole atrial, é denominado volume diastólico final.
ECG – Ao final dessa fase, inicia-se a onda P de despolarização atrial, marcando o início do novo ciclo.
Ruídos cardíacos- Os sons cardíacos não são ouvidos em condições fisiológicas. O terceiro ruído, audível nesta fase, ocorre nos casos de cardiopatia congestiva dilatada, hipertensão arterial grave, infarto do miocárdio ou regurgitação mitral
Outro vídeo que explica o cilco cardíaco