ESTENOSIS AÓRTICA

Por RAQUEL LUIZA,

 

ESTENOSIS AÓRTICA | Braile Biomédica
Diminuição da área da válvula aórtica que impede a ejeção do ventrículo esquerdo.
Pode ser devido a uma alteração na abertura da válvula na sístole, ou a processos patológicos distais à válvula (estenose aórtica supravalvar) ou proximal (estenose aórtica subvalvar). A obstrução da saída do ventrículo esquerdo produz aumento da pressão na cavidade ventricular, que responde com hipertrofia de sua camada muscular para aumentar a força de contração. As mais frequentes são as causas que provocam alterações ao nível da válvula: congénitas (válvula bicúspide), reumáticas e degenerativas ou calcificadas. A forma mais comum de estonose subvalvar é a cardiomiopatia hipertrófica.

SINTOMATOLOGIA.

Evolui assitomaticamente por muitos anos, porém o aparecimento dos sintomas determina o prognóstico.
Eles podem ser desencadeados por gravidez ou outras situações estressantes no corpo, como uma infecção nos pulmões ou no coração, ou outras doenças cardíacas. Os principais sintomas são: Desconforto no peito (angina de peito).
Falta de ar durante ou após o exercício (dispneia).
Desmaio (síncope).

Dispneia é o sintoma de pior prognóstico, pois está associada a uma sobrevida de 1-2 anos.

Os sintomas podem aparecer ou piorar com exercícios ou qualquer atividade que aumente a frequência cardíaca.

Em adultos, os sintomas geralmente se desenvolvem entre 20 e 50 anos. Em crianças e adolescentes, os sintomas podem estar presentes no início do crescimento.

Os sintomas mais comuns são:

  • Dor no peito
  • Dificuldade respiratória.
  • Desmaio.
  • Palpitações

Quais são as causas da estenose aórtica?
A causa mais comum é a degeneração devido aos depósitos de cálcio nos folhetos das válvulas.

Na população com menos de 65 anos de idade, a causa subjacente é uma válvula bicúspide que predispõe a uma deterioração mais acelerada do que uma válvula normal.

Na população com mais de 65 anos, os folhetos valvares apresentam aumento dos depósitos de cálcio, perdendo parte de sua mobilidade natural; isso, por sua vez, gera um fluxo turbulento através da válvula que aumenta os depósitos de cálcio nos véus que engrossam, perpetuando o ciclo.

A outra causa de estenose aórtica é a febre reumática. Esta condição das vias respiratórias superiores, hoje quase desapareceu na Espanha, graças ao tratamento e vacina contra infecções causadas por Streptococcus B hemolítico. No entanto, ainda é comum em países da África e do Sudeste Asiático, onde é endêmica e doenças cardíacas são vistas em crianças e adolescentes.

 

DIAGNÓSTICO

Estenosis aórtica - CardiosaudeFerrol

O pulso não é muito intenso e sustentado (parvus et tardus).
À auscultação, observava-se diminuição da segunda bulha e sopro sistólico.
O ultrassom Doppler permite calcular a área valvar, detectar o impacto na função do ventrículo esquerdo e mostrar o grau de calcificação valvar. A angiografia coronária relata as alterações associadas à anatomia coronária.

Para diagnosticar a estenose aórtica, o médico ouvirá o coração e os pulmões com um estetoscópio. Pode-se ouvir um sopro característico que pode irradiar para as carótidas (artérias do pescoço) que estão em continuidade com a aorta. O batimento carotídeo pode ter sua amplitude diminuída.

O exame também pode revelar batimento cardíaco irregular ou congestão pulmonar.

A pressão arterial geralmente é normal.

Os exames complementares para o diagnóstico são o eletrocardiograma, radiografia de tórax, ecocardiografia e cateterismo cardíaco.

Uma aorta aumentada pode ser vista na radiografia de tórax. Em alguns casos, calcificações aórticas podem ser vistas. Se houver insuficiência cardíaca, pode-se observar um acúmulo de líquido no tecido pulmonar.

https://youtu.be/ZXTWCos9wuY

 

TRATAMENTO

O tratamento depende dos sintomas e do estado do coração e dos pulmões.

Pessoas com sintomas leves ou nenhum sintoma podem não precisar de tratamento, e a hospitalização pode ser necessária para fazer um diagnóstico ou para tratar sintomas graves.

Os medicamentos utilizados são, entre outros, diuréticos, nitratos ou betabloqueadores. A digoxina pode ser usada para tratar a fibrilação atrial. Os anticoagulantes são usados ​​para evitar a formação de coágulos sanguíneos e seu transporte para outras partes do corpo.

O tratamento é cirúrgico assim que os sintomas aparecem, por meio da troca da válvula aórtica por prótese biológica ou mecânica. Outras indicações são quando um paciente com estonose aórtica grave ou moderada assintomática vai se submeter a cirurgia coronariana ou outra válvula cardíaca, ou quando a válvula de stonose é grave e há disfunção sistólica do ventrículo esquerdo, taquicardia ventricular ou hipertrofia ventricular grave.
Nos casos de estenose supra ou subvalvar, os anéis fibrosos podem ser ressecados.

 

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