MORTE SÚBITA CARDÍACA (MSC)

Por RAQUEL LUIZA,

Morte Súbita no Atleta Jovem Brasileiro: Não Será Hora de Criarmos um  Registro Genuinamente Nacional?

 

É uma das principais causas de morte nos países ocidentais.
É definida como uma forma de morte natural, inesperada no tempo e na forma de apresentação, de causa cardiovascular, que é precedida pela perda súbita de consciência na hora que se segue ao início dos sintomas.
Outros autores estenderam o prazo de 2 para 24 horas e excluíram aquelas mortes em que não há testemunhas do episódio.
Geralmente ocorre como consequência de arritmias ventriculares malignas (taquicardia ventricular ou fibrilação) desencadeadas por cardiopatia isquêmica.
Também pode ser decorrente de cardiomiopatia hipertrófica (jovens atletas) ou dilatada, bradiarritmias, ruptura cardíaca, tromboembolismo pulmonar, dissecção aórtica ou medicamentos.

A morte súbita cardiaca é provocada , na imensa maioria da vezes, por un infarto agudo do miocárdio e atinge, principalmente, pessoas com mais de 35 anos. No entanto, tambpem pode acometer indivíduos mais jovens en consequência de doenças cardíacas de origem geralmente genética que precipitam arritmias fatais. Detectar possíveis sinais de chances de desenvolver o problema ainda é un grande desafio, especialmente por atingir diferentes perfis de pacientes, mesmo aqueles que possue, bons hábitos de vida.

Dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas ( SOBRA) indican que as arritmias cardíacas têm uma alta incidência na população brasileira, sobretudo entre idosos. Ao todo, este descompasso no coração acomete mais de 20 milhões de pessoas e é responsável por mais de 320 mil mortres súbitas todos os anos no Brasil. Ou seja, um en cada dez brasileiros tem algum tipo de arritmia e isso precisa, não apenas de atenção, mas prevenção e tratamento.

 

FATORES DE RISCOS

Os riscos aumentam com tabagismo, sedentarismo, stress e alimentação inadequada rica em carboidratos e gorduras saturadas. São estes hábitos que sustentam alguns dos principais fatores de risco para a cardiopatia isquêmica, a principal causa de morte súbita  cardíaca. Fatores  genéticos também podem influenciar, pois a hereditariedade está presente  na cardiopatia isquêmica como herança poligênica. No entanto, as cardiopatias genéticas autonômicas, vinculadas a um único gene e por isso apresentam uma expressão fenotípica mais definida, que ocorrem antes dos 35 anos, são os principais exemplos de morte súbita cardíaca genética;

 

SINTOMATOLOGIA

Pode haver sintomas secundários à doença cardíaca subjacente ou inespecífica nos dias anteriores.

Os cardiopatas isquêmicos devem ter atenção para sintomas, por vezes discretos e inespecíficos, que eventualmente passam despercebidos.

Dor, desconforto ou pressão no peito, pescoço, mandíbula ou abdomên superior, com duração de alguns minutos deve induzir o paciente a procurar um serviço dee emergência para realização de um eletrocardiograma e uma avaliação clínica.

 

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico só ocorre após o episódio. Normalmente, baseia-se na história de acompanhante que apresente o relato de súbita PCR ou se este paciente estiver internado e sendo monitorado, para que haja o flagrante eletrocardiográfico desta condição. Muitas vezes o diagnóstico só processa-se na autópsia, após descartar outras causas -post mortem

 

TRATAMENTO

O controle dos fatores de risco e o tratamento precoce e eficaz da doença isquêmica do coração são as principais medidas para reduzir a incidência de morte súbita.
O atendimento inicial necessita, rapidamente, de manobras de ressuscitação cardiopulmonar e de cardioversão. Vale lembrar que cada minuto perdido no atendimento torna a situação mais difícil de ser revertida, e por isso a necessidade de atendimento imediato.

A terapia mais eficaz é o implante de um cardioversor-desfibrilador implantável (CDI). O CDI não evita a recorrência das arritmias, mas oferece o tratamento efetivo imediato, que é o de interrompê-las quando iniciam. O uso de drogas antiarrítmicas é limitado, pois são menos eficazes que o CDI. São utilizadas no caso de pacientes que não podem ou não querem implantar o dispositivo, mas estão longe de serem a melhor escolha terapêutica.

 

 

REFERÊNCIAS

BRAGGION-SANTOS, Maria Fernanda; et. al. Morte Súbita Cardíaca no Brasil: Análise dos Casos de Ribeirão Preto (2006-2010). Acesso em 13 de setembro de 2021

PODRID, Philip. Pathophysiology and etiology of sudden cardiac arrest. UpToDate, Inc., 2020. Acesso em: 13 de setembro de 2021

 

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