Por RAQUEL LUIZA,
Oclusão parcial ou total das veias profundas devido à formação de trombos intravasculares.
A combinação dos três fatores desencadeantes nem sempre está presente: estase sanguínea, dano endotelial vascular e hipercoagulabilidade.
Existem fatores que predispõem à trombose venosa: pós-operatório, gravidez, imobilização prolongada ou neoplasia.
É uma patologia de alto risco devido à sua complicação mais temida: o tromboembolismo pulmonar.
Em 50% pode ser assintomático ou apresentar sintomas inespecíficos.
A localização mais frequente é nos membros inferiores.
Trombose venosa – causas
O risco de trombose venosa aumenta com os seguintes fatores:
- Tabagismo (ser fumador);
- Doenças que facilitam a coagulação sanguínea (trombofilias);
- Toma de contracetivo (pilula) ou outros fármacos com hormonas;
- Permanecer muitas horas na posição sentada ou deitada, pois o sangue tem mais dificuldade em circular pelo corpo;
- Grávidas;
- Idade superior a 60 anos;
- Presença de varizes;
- Cirurgias (ocorre após cirurgia);
- Obesidade.
SINTOMATOLOGIA
O paciente pode sentir dor, calor, inchaço no membro afetado e alteração na coloração da pele da perna.
A dor aumenta com a compressão do músculo ou dorsiflexão do pé (sinal de Homans).
DIAGNÓSTICO
O médico pode detetar a trombose pelas queixas e através da observação do doente. No entanto, a trombose pode apresentar sintomas pouco específicos dificultando o seu diagnóstico. O médico pode solicitar exames especiais como o Eco Doppler (ecografia para observar os vasos), para confirmar o diagnóstico, é o método mais utilizado.
Há quem realize análises de sangue, para doseamento de uma substância, chamada D-Dímero. Quando estes estão muito elevados existe uma elevada probabilidade de estarmos perante uma trombose venosa aguda. Este teste é muito sensível, mas não é muito conclusivo, visto que ele pode estar elevado noutras situações.
O médico cirurgião vascular (especialista em cirurgia vascular) tem formação para identificar e tratar a trombose venosa. Além disso procura distinguir a trombose venosa de outras patologias, como doenças da pele, dos ossos ou dos músculos, ou seja, faz o diagnóstico diferencial.
TRATAMENTO
Deve-se realizar profilaxia com exercícios ativos e passivos, elevação das pernas, meias elásticas ou compressão pneumática intermitente e anticoagulantes em baixas doses em todos os pacientes com fatores predisponentes.
Em caso de suspeita clínica, a anticoagulação deve ser iniciada imediatamente para evitar o risco de embolia pulmonar.
O tratamento deve ser mantido por 3 a 6 meses devido ao risco de recorrência.
Em pacientes com contra-indicações à anticoagulação ou com trombose venosa recorrente, é indicada a colocação endovascular de um filtro na veia cava inferior.