CÂNCER DE FÍGADO

Por RAQUEL LUIZA,

 

 

Tumor maligno do fígado.

O câncer de fígado pode ser de dois tipos: primário (que começa no próprio órgão) e secundário ou metastático (tem origem em outro órgão e, com a evolução da doença, atinge também o fígado). O tipo secundário é mais frequentemente decorrente de um tumor maligno no intestino grosso ou no reto.

Dentre os tumores iniciados no fígado, o mais comum é o hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular. Agressivo, ocorre em mais de 80% dos casos. Existem também o colangiocarcinoma (originado nos dutos biliares do fígado), o angiossarcoma (câncer raro que se origina nos vasos sanguíneos do fígado) e o hepatoblastoma, tumor maligno raro que atinge recém-nascidos e crianças nos primeiros anos de vida.

Os fatores predisponentes são: cirrose, hepatite B e C crônica, hemocromatose e deficiência de alfa-1-antitripsina.
É mais frequente em homens entre a quinta e sexta década de vida.

 

SINTOMATOLOGIA

Geralmente se apresenta com dor e uma massa abdominal ou hepatomegalia palpável.
Também pode apresentar os sinais e sintomas de doença hepática concomitante.

Hepatocarcinoma, colangiocarcinoma ou metástases hepáticas os sintomas mais comuns são: dor abdominal, massa abdominal, distensão addominal, perda de peso inexplicada, perda de apetite, mal-estar, icterícia (tonalidade amarelada na pele e nos olhos) e ascite (acúmulo de líquido no abdômen).

 

DIAGNÓSTICO

Devido ao curto tempo de evolução do hepatocarcinoma, geralmente o tumor se encontra avançado quando é feito o diagnóstico. O tempo de duplicação do volume de massa é de, em média, quatro meses. Alguns exames vão ajudar o médico a confirmar o diagnóstico:

A ecografia, a tomografia e a ressonância magnética são métodos de imagem que, com sensibilidade variável, permitem o estudo da massa tumoral.

O diagnóstico de certeza é feito por punção de biópsia guiada por ultrassom ou tomografia axial computadorizada.
Em pacientes com doença hepática subjacente, a descoberta de uma lesão hepática que ocupa espaço deve descartar a primeira possibilidade de que seja um carcinoma de células hepáticas; Se o paciente apresentar níveis de alfa-fetoproteína (AFT) superiores a 400 ng / ml e imagem sugestiva, a punção pode ser desnecessária para confirmar o diagnóstico suspeito.

Também pode ser realizado a laparoscopia (investigação direta do interior do abdômen), que permite visualização direta do órgão e a biópsia (remoção de uma pequena quantidade de tecido para análise laboratorial que vai determinar se o tumor é maligno ou não). É mais eficaz quando associado à ultrassonografia videolaparoscópica.

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TRATAMENTO

A remoção cirúrgica (ressecção) do câncer é o tratamento mais indicado quando o tumor está restrito a uma parte do fígado (tumor primário) e também nos tumores hepáticos metastáticos em que a lesão primária foi ressecada ou é passível de ser ressecada de maneira curativa.
O transplante de fígado pode ser indicado em pacientes não candidatos à cirurgia e com tumores localizados.

Os tratamentos percutâneos (alcoolização, termoablação por radiofrequência) são indicados em pacientes com até três nódulos com dimensões máximas de 3 cm, não candidatos a ressecção cirúrgica ou transplante de fígado.
A quimioembolização arterial é um tratamento paliativo que pode melhorar a sobrevida.

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