DIARRÉIA

Por RAQUEL LUIZA,

DIARRÉIA OU CONSTIPAÇÃO: você pode ter Síndrome do Intestino Irritável

 

É definido como um aumento no peso das fezes superior a 200 g / dia.

A diarréia é um desarranjo do intestino com aumento do número de evacuações e fezes amolecidas ou líquidas.

Geralmente está associada ao aumento da frequência e diminuição da consistência dos movimentos intestinais.
A causa mais frequente de diarreia aguda (com duração inferior a 2 semanas) é a infecciosa, adquirida pelo consumo de alimentos e água contaminados com microrganismos;
Os vírus causam entre 30% e 45% dos casos no mundo.
A diarreia crônica pode ser devido à presença de solutos não absorvíveis no lúmen intestinal, estimulação da secreção intestinal, estimulação da secreção intestinal, motilidade intestinal prejudicada ou inflamação auto-induzida devido ao abuso de laxantes.

SINTOMATOLOGIA

Além da diarreia, os pacientes podem apresentar vômitos, dor abdominal e febre.
Alguns germes invasivos da mucosa podem causar diarreia com sangue.
A infecção por bactérias como Shigella, Campylobacter e Escherichia coli enterohemorrágica pode estar associada à síndrome hemolítica urêmica, principalmente em crianças e idosos.

 

DIAGNÓSTICO

Em geral, a diarreia aguda tem um curso limitado e não requer uma avaliação diagnóstica completa.

A maioria dos episódios de diarreia aguda é leve, autolimitada e de resolução espontânea dentro dos primeiros 5 dias, não justificando o custo e a taxa de morbidade em potencial das intervenções diagnósticas. Só pedimos exames complementares quando temos pelo menos 1 dos 9 sinais de alarme presentes. São sinais de alarme: diarreia > 7-10 dias; ≥ 6 episódios/dia.; idosos >70 anos; diarreia aquosa profusa, acompanhada de franca desidratação; diarreia adquirida no hospital (internação ≥ 3 dias); sinais de comprometimento sistêmico (ex.: alteração do estado mental, disfunção renal); sinais de diarreia inflamatória; piora progressiva; paciente imunodeprimido (ex.: AIDS, pós- transplante de órgãos).

Imagem 1– Sinais de alarme na diarreia aguda.

Na presença desses sinais de alarme, iremos solicitar exames complementares direcionados, como: hemograma; bioquímica sérica (pedir função renal – ureia e creatinina – e eletrólitos, como Na e K); além de solicitar exames de fezes (sempre direcionados) – coprocultura (bom para diagnóstico de E. coli, Shigella, Salmonella); EPF e pesquisa de antígenos fecais (na suspeita de parasitoses intestinais, como os protozoários Entamoeba e Giardia) e pesquisa de toxinas do Clostridium difficile (solicitar na suspeita de infecção por Clostridium difficile).

TRATAMENTO

Na maioria dos casos de diarreia aguda, o tratamento é sintomático e requer repouso, dieta alimentar e reposição de fluidos por via oral ou intravenosa, dependendo do caso.O pilar do tratamento das diarreias agudas é a hidratação.

Segundo o Ministério da Saúde, não se deve usar antidiarreicos e nem antieméticos; a antibioticoterapia deve ser realizada apenas em casos de disenteria (diarreia com sangue), paciente com comprometimento do estado geral ou em casos de cólera grave; e os antiparasitários devem ser utilizados somente para amebíase (quando o tratamento para Shigella fracassar ou em casos em que se identifiquem trofozoítos de Entamoeba histolytica englobando hemácias) ou giardíase (quando a diarreia durar 14 dias ou mais, se identificarem cistos ou trofozoítos nas fezes ou no aspirado intestinal).

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