DIVERTICULITE AGUDA

Por RAQUEL LUIZA,

Diverticulite e diverticulose | Drauzio Varella

 

A diverticulite aguda corresponde ao processo inflamatório associado ao divertículo, ou seja, é uma complicação da doença diverticular. A diverticulite ainda pode ser classificada em simples, quando há apenas inflamação, ou complicada, quando está associada a perfuração, obstrução intestinal, abscessos ou fístulas.

Divertículos são hérnias em forma de saco da parede do cólon devido ao aumento da pressão intracolônica.
São muito frequentes em pessoas com mais de 50 anos, em países industrializados e com dietas pobres em fibras.
Eles geralmente estão localizados no cólon sigmóide.
A inflamação ocorre quando a luz do divertículo é obstruída com material colônico, favorecendo a proliferação bacteriana e dificultando a irrigação local, com alto risco de perfuração.

 

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FISIOPATOLOGIA

Os divertículos são saculações formadas na parede intestinal, a partir da protrusão da mucosa e submucosa, através da camada muscular. O cólon sigmoide é o segmento do intestino grosso mais acometido pela diverticulite. O fato de ter o menor calibre e, portanto, a maior pressão intraluminal, favorece a protrusão da mucosa e submucosa em alguns pontos, formando os divertículos. Esses divertículos do lado esquerdo do cólon, sobretudo no sigmoide, costumam apresentar uma base mais estreita, sendo mais susceptíveis a obstrução por fecalitos. Com a persistência do processo obstrutivo, há um comprometimento do fluxo arterial e venoso, favorecendo um processo inflamatório e consequentemente, microperfurações no corpo diverticular.

 

SINTOMATOLOGIA

O paciente apresenta febre, dor abdominal, localizada em hipogástrio ou fossa ilíaca esquerda, diarréia ou constipação.
Pode ser complicada por perfuração, formação de abscesso, fistulização e obstrução do cólon.

 

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da diverticulite é dado a partir da anamnese, exame físico e exames complementares. A colonoscopia, embora seja um bom exame para o diagnóstico da doença diverticular, está contraindicada na suspeita do quadro agudo da diverticulite, devido ao risco de perfuração. Nesses casos, a tomografia computadorizada do abdome deve ser realizada devido a alta sensibilidade e especificidade, além de permitir afastar outros diagnósticos diferenciais, como a apendicite aguda e o câncer colorretal.

Na fase aguda, o diagnóstico é clínico devido ao risco de perfuração apresentado pela realização de uma colonoscopia ou estudo radiológico com contraste.
A tomografia computadorizada ainda permite classificar a diverticulite complicada em 4 estágios, através da escala de Hinchey: Estágio I: abscesso pericólico confinado;

Estágio I: diverticulite aguda (DA) com abscesso à distância (intra-abdominal ou retroperitoneal);
Estágio II: DA com abscessos pélvicos ou intra-abdominais.
Estágio III: DA com peritonite purulenta difusa.

Estágio IV: DA com peritonite fecal difusa.

 

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TRATAMENTO

O tratamento da diverticulite não complicada geralmente é conservador e consiste em antibioticoterapia por 7 a 10 dias, visando cobrir germes gram-negativos e anaeróbios.

Consiste em repouso intestinal, reposição de fluidos intravenosos e antibióticos (cefotaxima e metronidazol, imipenem).
A cirurgia é indicada quando apresentam complicações graves.

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