Bolsas esofágicas (divertículos) – Distúbios Gastrointestinais

Por RAQUEL LUIZA,

 

DIVERTÍCULOS ESOFÁGICOS

Divertículo de Zenker: saiba como são o diagnóstico e o tratamento - PEBMED

Os divertículos esofágicos são evacuações anormais ou bolsas no esôfago. Em muito poucos casos, causam dificuldade para engolir e regurgitação (expulsão de alimentos sem a presença de náuseas ou contrações violentas dos músculos do abdômen).

São dilatações saculares da parede do esôfago.
Pode ocorrer em qualquer um de seus segmentos.

A causa depende do tipo de divertículo.
Os sintomas incluem regurgitação de alimentos e dificuldade em engolir.
O diagnóstico é baseado nos resultados de uma radiografia de trânsito de bário e, freqüentemente, uma endoscopia digestiva alta.
Quando necessário, o tratamento inclui cirurgia.
O esôfago é o tubo oco que conecta a garganta (faringe) ao estômago. (Consulte também a Introdução ao esôfago.)

 

Existem vários tipos de divertículos esofágicos. Cada um tem uma origem diferente, mas provavelmente todos estão relacionados a distúrbios na coordenação da deglutição e relaxamento muscular. Muitos desses divertículos estão associados a distúrbios da motilidade do esôfago, como espasmo esofágico e acalasia.

De importância clínica é o divertículo faringoesofágico, ou divertículo de Zenker, que surge da protrusão progressiva da mucosa na parede posterior da faringe, acima do esfíncter esofágico superior.

 

Divertículo de Zenker (divertículo da faringe)

O divertículo de Zenker é provavelmente causado por uma incoordenação entre a passagem do alimento pela boca e o relaxamento do músculo cricofaríngeo (incoordenação cricofaríngea). Esse divertículo pode se encher de comida, que pode regurgitar quando a pessoa se inclina ou se deita. Essa regurgitação também pode fazer com que o alimento seja sugado para os pulmões durante o sono, causando pneumonia por aspiração. Em casos muito raros, o divertículo aumenta de tamanho e causa dificuldade para engolir (disfagia) e, às vezes, inchaço no pescoço.

 

SINTOMATOLOGIA

O quadro clínico é variável de acordo com o tamanho do divertículo e de sua localização, sendo muitas vezes assintomático e encontrado acidentalmente em exames com outros fins.

divertículo faringoesofágico tem sintomas mais exuberantes, disfagia, regurgitação, sensação de corpo estranho, tosse, obstrução causada pelo próprio divertículo e, em casos mais avançados, desnutrição e emagrecimento. Já os divertículos mesoesofágicos são em sua maioria assintomáticos devido ao pequeno tamanho. Quando aumentam de tamanho podem causar disfagia, regurgitação, fístulas brônquicas, pleurais e até aórtica.

 

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico dos divertículos esofágicos são feitos atualmente através dos estudos radiológicos contrastados do esôfago e da endoscopia digestiva alta, que se somam na obtenção de informações sobre as características do divertículo e presença de comorbidades associadas, além da avaliação das possíveis técnicas terapêuticas.

Disfagia | Exploraciones Digestivas Funcionales

TRATAMENTO

Os divertículos de esôfago médio, quando pequenos e assintomáticos, podem ser tratados de maneira conservadora. Em caso de sintomas ou aumento considerável de tamanho, o tratamento cirúrgico está recomendado. Atualmente, alguns centros já publicaram experiência com tratamento endoscópico em tal situação.

Os diverticulos epifrênicos também podem não precisar de tratamento, sendo indicado em alguns casos em que há associação com outros distúrbios, como espasmos esofageano difuso ou acalasia do cárdia. Nesse contexto, estaria indicada a diverticulectomia associada ao tratamento da outra comorbidade (miotomia, por exemplo).

Já o divertículo de Zenker, mesmo de pequenas dimensões, pode gerar sintomas, tendo indicação de correção cirúrgica ou endoscópica.

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