DOENÇA INFLAMÁTORIA INTESTINAL

Por RAQUEL LUIZA,

 

 

Doença Inflamatória Intestinal: sintomas e tratamentos - Clínica Gástrica Usuy

Doença inflamatória intestinal  é o termo genérico que abrange doenças caracterizadas por doença inflamatória intestinal:  Doença de Crohn e Colites ulcerosa são consideradas doenças crônicas. 

A causa desta doença é desconhecida, apenas fatores genéticos, fatores autoimunes, alterações na permeabilidade intestinal e agentes infecciosos foram propostos.

A colite ulcerosa afeta principalmente a mucosa do intestino grosso. Começa no reto, mas pode envolver todo o cólon. A alteração da mucosa continua, sem interposição de segmentos saudáveis.

A doença de Crohn pode afetar qualquer segmento do trato digestivo. Geralmente ocorre no íleo terminal e no cólon direito. O padrão da lesão é segmentar e descontínuo, estendendo-se em profundidade.

Doença Inflamatória Intestinal – ObservaPed

 

SINTOMATOLOGIA

Os sintomas da Doença inflamátoria intestinal variam, dependendo da gravidade da inflamação e onde ela ocorre. Os sintomas podem variar de leve a grave. É provável que a pessoa tenha períodos de doença ativa seguidos por períodos de remissão.

Sinais e sintomas comuns à doença de Crohn e à colite ulcerativa incluem:

  • Diarreia
  • Febre
  • Fadiga
  • Dor abdominal e cólicas
  • Sangue nas fezes
  • Apetite reduzido
  • Perda de peso não intencional

O sangramento gastrointestinal é comum na colite ulcerosa. Diarréia com muco e pus, febre, mal-estar geral, náuseas e vômitos. A dor abdominal, se presente, geralmente é leve.

Os sintomas da doença de Crohn dependem de onde a doença está localizada. Se estiver localizado no intestino delgado, haverá dor abdominal e diarreia; no cólon, apresenta-se com dor e diarreia com sangue. É comum o desenvolvimento de um plastrão abdominal (abscesso) e fistulização em órgãos contíguos.

Ambas as entidades podem ser complicadas pelo megacólon tóxico, que consiste em uma grave dilatação do cólon, afetando o estado geral e com alto risco de perfuração (mais frequente na colite ulcerosa). Também apresenta maior risco de apresentar tumores do trato digestivo e distúrbios cutâneos (eritema nodoso, pioderma gagrenoso), oculares (conjunutivite, episclerite, irite), hepatobiliares, renais e musculoesqueléticos.

 

PARA MELHOR ENTENDIMENTO DOS TERMOS UTILIZADOS:

OBSTRUÇÃO ABDOMINAL:  A doença de Crohn afeta toda a espessura da parede intestinal. Com o tempo, partes do intestino podem engrossar e estreitar, o que pode bloquear o fluxo de conteúdo digestivo

ÚLCERAS: A inflamação crônica pode levar a feridas abertas (úlceras) em qualquer parte do trato digestivo, incluindo boca e ânus, e na área genital (períneo).

FÍSTULAS: Às vezes, as úlceras podem se estender completamente através da parede intestinal, criando uma fístula – uma conexão anormal entre as diferentes partes do corpo. Fístulas próximas ou ao redor da região anal (perianal) são as mais comuns. Em alguns casos, uma fístula pode se infectar e formar um abscesso.

MEGACÓLON TÓXICO: A colite ulcerativa pode fazer com que o cólon aumente rapidamente e inche, uma condição grave conhecida como megacólon tóxico.

ERITEMA NODOSO:  é uma forma de paniculite (inflamação da camada de gordura sob a pele) que produz nódulos (nódulos) sensíveis vermelhos ou roxos sob a pele; Eles geralmente aparecem nas canelas, mas às vezes também aparecem nos braços e outras áreas.

PIODERMA GANGRENOSO: é uma doença rara que causa o aparecimento de feridas grandes e dolorosas (úlceras) na pele, especialmente nas pernas. As causas exatas do pioderma gangrenoso são desconhecidas, mas parece ser um distúrbio do sistema imunológico.

EPISCLERITE: é a inflamação da episclera, sendo uma doença ocular relativamente comum, benigna e auto-limitada que pode afetar doentes de ambos os sexos e em qualquer idade.

 

Quem tem mais disposição a ter essas doenças? 
Acredita-se que elas atinjam mais indivíduos geneticamente predispostos que adotam no estilo de vida ​o uso de medicamentos que transformam a imunidade e modificam a flora intestinal.

DIAGNÓSTICO

Testes laboratoriais de fezes e sangue são procedimentos que ajudam a identificar o intestino inflamado. Mas para diagnosticar com exatidão a doença é preciso complementar com outras técnicas, que podem ser:

  • colonoscopia;
  • endoscopia;
  • tomografia;
  • ressonância magnética;
  • biópsia de intestino.

O resultado desses exames é o que vai ajudar o médico a indicar o melhor tratamento para a doença inflamatória em curso.

 

TRATAMENTO

Como dito, esse é um problema crônico, que se relaciona com o mau funcionamento do sistema imunológico, e ainda pode ter suas crises desencadeadas por fatores externos. Logo, é preciso também uma mudança de hábitos e um acompanhamento constante, para evitar que o intestino inflame outra vez.

É válido lembrar que a doença inflamatória intestinal pode ter consequências graves, em especial no caso da retocolite, que favorece o câncer de intestino. Assim, na manifestação dos primeiros sintomas e em caso de dúvida, é muito importante procurar um especialista. Serão realizados todos os exames para dar início a um tratamento, se for necessário. ]

São administrados anti-inflamatórios com ação específica no intestino; e ainda, pode ser realizada a cirurgia para retirada da porção do intestino que está lesionada. Porém, isso não exclui a possibilidade de a doença se manifestar outra vez. Pode também administrar Corticosteroides, antibióticos, imunossupressores e / ou anticorpos monoclonais são usados ​​dependendo do curso e da gravidade da doença.

Na colite ulcerosa, a colectomia é curativa e é indicada quando há complicações graves, como perfuração, sangramento intratável, resposta insuficiente ao tratamento médico ou desenvolvimento de neoplasia.
Na doença de Crohn, a cirurgia não cura a doença, embora seja indicada se houver obstrução intestinal recorrente, fistulização ou outras complicações graves.

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