Por RAQUEL LUIZA,
Cinco tipos de vírus foram identificados: A, B. C, D e E.
Os vírus da hepatite A e E são transmitidos pelas fezes, que podem contaminar a água e os alimentos e passar através deles para a pessoa.
Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E);
Os vírus B e C o fazem através do sangue e de outros fluidos corporais, como o sêmen.
O vírus D se espalha ligado a B.
Transmissão sanguínea: praticou sexo desprotegido, compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B,C e D);
Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B,C e D)
No caso das hepatites B e C é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.
SINTOMATOLOGIA
O quadro clínico típico consiste no aparecimento de anorexia, náusea, vômito e fraqueza geral, seguida de fase de icterícia (amarelecimento da pele e mucosa), colúria (urina escura) e acólia (fezes claras).
Mais tarde, segue-se uma fase de recuperação, na qual os sintomas desaparecem.
Formas de apresentação menos típicas e floridas, geralmente sem icterícia, merecem atenção especial.
Por outro lado, observam-se formas graves que se apresentam com complicações, formas fulminantes e outras com evolução para cronicidade (vírus B, C e D).
DIAGNÓSTICO
O teste bioquímico irá detectar a avaliação da bilirrubina e enzimas específicas da função hepática chamadas transaminases.
A identificação do vírus causador requer a detecção de antígenos virais específicos e seus respectivos anticorpos.
O médico suspeita de hepatite viral aguda com base nos sintomas. Durante o exame físico, o médico pressiona o abdômen acima do fígado, que está sensível e com um tamanho um pouco maior do que o normal, em cerca de metade do número de pessoas que apresentam hepatite viral aguda.
Os médicos suspeitam de hepatite fulminante se
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A pessoa estiver muito doente e desenvolver icterícia muito rapidamente.
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A função mental se deteriora rapidamente.
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Exames de sangue para determinar a velocidade de coagulação do sangue — tempo de protrombina ou razão normalizada internacional (RNI) — estão anormais.
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Pessoas com doença hepática começam a piorar rapidamente.
Para diagnosticar a hepatite fulminante, os médicos solicitam testes de função hepática para determinar a velocidade da coagulação sanguínea (porque se a pessoa tiver hepatite fulminante, o sangue não coagula normalmente).
Para determinar se a causa pode não ser um vírus, o médico pode perguntar se a pessoa faz uso de medicamentos que podem causar hepatite (como isoniazida, usada para tratar a tuberculose) e a quantidade de álcool que ela bebe.Ocasionalmente, se o diagnóstico for incerto, é feita uma biópsia de fígado: uma amostra do tecido hepático é removida com uma agulha e examinada.
TRATAMENTO
Para a maioria das pessoas com hepatite viral aguda, não é necessário um tratamento especial. Contudo, pode ser necessário hospitalizar pessoas com hepatite aguda grave para que os sintomas possam ser tratados. Se os médicos suspeitarem de evolução da hepatite fulminante, a pessoa é hospitalizada para que seu estado mental possa ser monitorado, testes de função hepática possam ser feitos e os médicos possam determinar se existe a necessidade de transplante de fígado.
Existe uma vacina para hepatite A e B.
Não há tratamento específico para hepatite aguda.
Recomenda-se repouso relativo e dieta rica em carboidratos.
Existem medicamentos úteis para o tratamento da hepatite crônica: hepatite B e C.
Em pacientes com lesão hepática em estágio terminal, a indicação de transplante hepático deve ser considerada.
Se a hepatite B causar hepatite fulminante, as pessoas são geralmente tratadas em uma unidade de terapia intensiva. Medicamentos antivirais podem ajudar. Entretanto, o transplante de fígado é o tratamento mais eficaz e a melhor chance de sobrevida, particularmente para adultos.