Por RAQUEL LUIZA,
DEFINIÇÃO:
Síndrome caracterizada pelo aparecimento de disfunção súbita de qualquer setor do sistema fisiológico responsável pela troca gaseosa entre ambiente e a intimidade tissular. Esse movimento de gases entre os meios interno e externo compreende una série de processos situados em nível pulmonar, cardiocirculatório e de estrutura neural e osteomuscular.
( CARVALHO, 2000)
Quadro clínico de insuficiência respiratória aguda progressiva associada ao aparecimento de infiltração alveolointersticial bilateral na radiografia de tórax.
A causa mais comum é a sepse, embora também possa ser observada após trauma torácico, broncoaspiração, inalação de toxinas ou uso de opiáceos.
É produzido pelo aumento da permeabilidade da membrana capilar alveolar em resposta à lesão que leva à disfunção do pneumócito tipo II, diminuição da síntese do fator surfactante e colapso alveolar. Se a situação continuar, pode levar à fibrose pulmonar.
SINTOMAS
Manifesta-se por taquipneia (aumento da frequência respiratória) e pelos sintomas associados à causa desencadeante.
DIAGNÓSTICO
É definida pelo quadro clínico, radiografia de tórax e análise de gases (oxigênio e dióxido de carbono) no sangue periférico, que mostra principalmente uma diminuição significativa da pressão parcial de oxigênio no sangue (hipoxemia), ou seja, a concetração de oxígeno alveolar fica abaixo de 70% do normal.
O diagnóstico de insuficiência respiratória geralmente é feita pelo clínico geral ou pneumologista, mas também pode ser feito pelo cardiologista quando surge como consequência de alguma alteração cardíaca.
Na maior parte dos casos, esse diagnóstico pode ser feito apenas com a avaliação dos sintomas, do histórico clínico da pessoa e monitorização dos seus sinais vitais, mas também podem ser usados exames de sangue, como a gasometria, para avaliar as quantidades de oxigênio e dióxido de carbono.
Quando não existe uma causa aparente para o surgimento da insuficiência, o médico pode ainda pedir um raio X do tórax para identificar se existe algum problema pulmonar que possa estar causando a alteração.
TRATAMENTO
O tratamento para a insuficiência respiratória aguda deve ser feito o mais rápido possível no hospital e, por isso, é importante ir imediatamente ao pronto-socorro ou chamar uma ambulância, ligando para o 192, sempre que surgem sinais de dificuldade para respirar.
Para fazer o tratamento da insuficiência respiratória é preciso estabilizar o paciente, oferecendo oxigênio por máscara e monitorizando seus sinais vitais, e dependendo da causa dos sintomas, iniciar um tratamento mais específico.
Quando a oxigenoterapia convencional não consegue reverter a hipoxemia, a ventilação mecânica é necessária
