APNÉIA DO SONO OBSTRUTIVA

Por RAQUEL LUIZA,

A Apnéia do Sono é um distúrbio do sono que é caracterizada por pausas na respiração. Há também casos em que o paciente tem respiração superficial ou pouco frequentes durante o sono. Cada pausa é conhecido como apnéia, que tem a duração de alguns segundos ou mesmo minutos, associado ou não ao ronco . Ela pode ocorrer várias vezes durante o sono, podendo ser periódicas ou constante.

Paciente apresenta sonolência e distúrbios neuropsiquiátricos e cardiorrespiratórios secundários a episódios repetidos de obstrução das vias aéreas superiores, que causam dessaturações repetidas (diminuição do oxigênio no sangue) e despertares transitórios que levam a um sono não restaurador.
Há oposição da perna e do palato contra a parede posterior da faringe, com oclusão da naso e orofaringe. A obstrução está associada a fatores anatômicos como macroglossos (língua grande), hipertrofia amigdaliana, obesidade e fatores funcionais, como diminuição do tônus ​​muscular durante a fase REM do sono.
Quando há uma alteração transitória do impulso nervoso direcionado ao centro respiratório, ocorrem apneias centrais do sono.
É um processo frequente em homens obesos de meia-idade e mulheres na pós-menopausa.

Apneia Obstrutiva do Sono - Dr. Rafael Otsuzi

 

SINTOMATOLOGIA

Manifesta-se por roncos intensos, interrompidos por episódios de apneia.
Sonolência diurna, diminuição da atenção e memória, mudanças de caráter e impotência sexual ocorrem como consequência do sono fragmentado, com sensação de sono não reparador e agitado, dor de cabeça principalmente ao acordar, constante irritabilidade e humor deprimidos .

As principais complicações da síndrome são: neuropsicológicas (transtornos psiquiátricos, crises cômicas noturnas), cardiorrespiratórias (hipertensão arterial, hipertensão pulmonar, arritmias cardíacas diversas e outras (policitemia – aumento de hemácias – insuficiência respiratória crônica e acidentes de trabalho e de trânsito).

Apnéia Obstrutiva do Sono – Juliana Búrigo

 

DIAGNÓSTICO

O procedimento diagnóstico estabelecido para esta síndrome é a polissonografia noturna, com avaliação do índice de apnéia e hipopnéia (IAH) em conjunto, aceitando a gradação setenta (gravidade):

  •  LEVE (IAH entre 5 e 150);
  • MODERADO (IAH entre 15 e 30) e
  • SEVERO (IAH maior que 30).

TRATAMENTO

Primeiro é necessário identificar: o tipo de apnéia, grau de deficiência e gravidade dos sintomas cardiovasculares associados com o sono.

Os tipos de tratamento são:

  • Tratamento não cirúrgico;

  • Farmacoterapia;

  • Pressão positiva contínua (CPAP);

  • Dispositivos protéticos;

  • Tratamento cirúrgico .

 

Se o quadro for leve, medidas como redução de peso, evitar álcool e sedativos e uso de dispositivos intraorais podem ser úteis.
Os casos graves requerem dispositivos que gerem pressão positiva contínua nas vias aéreas por meio de máscaras especiais, conhecidas pela sigla em inglês CPAP (Continuous Positive Airway Pressure: Continuous Positive Airway Pressure: Continuous Positive Airway Pressure).

Apneia obstrutiva do sono: CPAP melhora o controle glicêmico em pacientes com o problema
Casos muito graves que não respondem ao tratamento podem requerer correção cirúrgica (uvulopalatofaringoplastia).

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