Por RAQUEL LUIZA,
É o tumor maligno mais comum do aparelho geniturinário masculino e o segundo mais comum depois do câncer de pulmão.
Geralmente são adenocarcinomas que se originam nas áreas periféricas da próstata.
Acredita-se que os andrógenos desempenhem algum papel em seu desenvolvimento.
Tem a capacidade de se espalhar para órgãos vizinhos (vesícula seminal, bexiga e reto) e pode levar a metástases via sangue ou linfáticos para ossos (pelve, corpos vertebrais, fêmur e costelas), pulmão, fígado e glândulas adrenais.
Geralmente ocorre em homens com mais de 60 anos de idade.
CAUSAS
As causas do câncer de próstata não são claras.
Os médicos sabem que o câncer de próstata começa quando as células da próstata têm alterações em seu DNA. O DNA da célula contém as instruções que dizem à célula o que fazer. As mudanças instruem as células a crescer e se dividir mais rapidamente do que as células normais. As células anormais continuam a viver quando outras células morreriam.
O acúmulo de células anormais forma um tumor que pode crescer e invadir tecidos próximos. Com o tempo, algumas células anormais podem quebrar e se espalhar (metástase) para outras partes do corpo.
SINTOMAS
É semelhante à hipertrofia prostática benigna, com retardo no início da micção, diminuição da força e calibre do jato miccional, gotejamento ao final da micção, micção em duas ou mais vezes e sensação de micção incompleta (síndrome prostática) .
Pode haver hematúria (presença de glóbulos vermelhos na urina).
Um quarto dos pacientes tem metástase no momento do diagnóstico.
DIAGNÓSTICO
O trato retal (palpação da próstata através da inserção de um dedo pelo ânus) é o primeiro exame a ser realizado. Características como dureza, nodularidade, irregularidade e apagamento dos sulcos anatômicos devem levar a suspeitar da presença de um carcinoma.
O antígeno prostático específico (PSA) é uma proteína produzida pelas células da próstata. Seus níveis estão elevados no sangue desses pacientes, embora deva ser analisado em conjunto com os dados do toque retal, pois também está elevado em patologias benignas da próstata.
Outra substância, a fosfatase ácida prostática (PAP), está elevada na presença de carcinoma de próstata em estágios avançados.
A ultrassonografia transretal oferece informações sobre as características anatômicas da glândula e a invasão de estruturas vizinhas (vesícula seminal, bexiga ou reto).
O diagnóstico definitivo é feito por biópsia de próstata guiada por ultrassom ou guiada digitalmente (pelo toque retal).
A tomografia axial computadorizada e a ressonância magnética permitem a avaliação de metástases à distância. A cintilografia óssea é especialmente indicada quando há suspeita de metástases ósseas.
TRATAMENTO
Existem diferentes opções terapêuticas, dependendo do paciente e da extensão da doença,
Em pacientes com menos de 70 anos, o tratamento cirúrgico com remoção da próstata por prostatectomia radical é preferível. Como complicações podem deixar incontinência urinária e impotência.
A radioterapia tem resultados semelhantes à cirurgia se a doença for localizada.
A supressão dos níveis androgênicos circulantes (terapia hormonal) através do bloqueio androgênico combinado associa um análogo do LHRH (leuprorrelina) e um antiandrogênico (flutamida ou bicalutamida), e retarda o crescimento de células neoplásicas que possuem receptores para androgênios (o carcinoma apresenta células que respondem a andrógenos e outros que não o fazem). É usado em estágios avançados.
Em estágios muito iniciais ou em pacientes com baixa expectativa de vida, a vigilância ativa pode ser realizada.