Por RAQUEL LUIZA,
Crescimento benigno de elementos glandulares e fibromusculares de uma zona de transição, que em condições normais ocupa apenas 5% da glândula.
Sua forma de produção não está completamente esclarecida, embora se saiba o papel fundamental desempenhado pelos andrógenos gonadais (testículos), pois sua ausência previne ou melhora a hiperplasia. Além disso, acredita-se que possam produzir certo desequilíbrio na relação entre andrógenos e estrogênios.
O crescimento da próstata, que circunda a uretra masculina próximo ao colo da bexiga, causa obstrução da uretra, dificultando o esvaziamento da bexiga.
SINTOMAS
A obstrução progressiva da uretra produz um conjunto de sintomas como atraso no início da micção, diminuição da força e calibre do jato miccional, gotejamento ao final da micção, micção em duas ou mais vezes e sensação de micção incompleta, que é conhecida como síndrome prostática.
À medida que a obstrução progride, pode ocorrer incapacidade completa de urinar (retenção urinária).
DIAGNÓSTICO
O primeiro exame a ser realizado é o toque retal, que consiste na palpação da próstata através da inserção de um dedo pelo ânus. Este teste permite estimar o tamanho da próstata e avaliar a consistência de um carcinoma de próstata.
A ultrassonografia abdominal ou transretal permite avaliar o tamanho, consistência e lesões associadas (prostatite), bem como a anatomia da bexiga, ureteres e rins.
O antígeno prostático específico (cuja sigla em inglês é PSA) é uma proteína produzida pelas células da próstata, que aumenta no sangue em relação aos processos que ocorrem com o aumento do tamanho da próstata, como a próstata benigna hipertrofia e câncer de próstata, câncer de próstata, por isso não é totalmente confiável para o diagnóstico diferencial entre os dois processos.
TRATAMENTO
O tratamento cirúrgico está indicado em casos de retenção urinária, hidronefrose, cálculos vesicais (presença de cálculos na bexiga) ou infecções recorrentes do trato urinário. Geralmente, este tratamento produz uma alta taxa de melhora, embora não seja isento de complicações.
Dependendo do tamanho, pode-se optar pela cirurgia abdominal aberta (grandes próstatas) ou cirurgia endoscópica por via transuretal (ressecção transuretal, RTU).
O tratamento farmacológico baseia-se no uso de extratos vegetais de diferentes plantas (fitoterapia) como Serenoa repens ou Pygeum africanum, com efeitos variáveis, além de drogas que inibem a transformação da testosterona em diidrotestosterona e bloqueadores de receptores alfa uroseletivos e não seletivos. uroseletivo. Estes últimos atuam relaxando os músculos do colo vesical e da uretra.
