Segundo a Secretaria de Saúde, com a chegada do tempo frio, a tendência é de menor proliferação do mosquito Aedes aegypti a partir de junho
Agência Brasília* | Edição: Claudio Fernandes
Porém, o médico ressaltou que não é necessário um teste positivo para iniciar o tratamento nas unidades básicas de saúde (UBS), que estão preparadas para atender à demanda. “Em situação de muitos casos e quadro compatível, o diagnóstico é feito clinicamente”, explicou. “Não é como a covid-19, em que a testagem é fundamental para definir os próximos passos”, reforçou.
O secretário-adjunto também adiantou que o próximo Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti no Distrito Federal (Liraa), com dados de abril, deve apresentar uma melhora dos números de imóveis com larvas do mosquito. Com a chegada do tempo frio, “a tendência é de menor proliferação do mosquito a partir de junho”, disse.
“No fim do ano passado, tivemos um forte aumento de casos (de influenza); queremos evitar que esse cenário se repita”General Manoel Pafiadache, secretário de Saúde
O secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, lembrou que a população ainda precisa se manter engajada no combate ao Aedes aegypti, já que mais de 90% dos locais com presença de larvas e mosquitos são residências. Mesmo com as centenas de equipes de vigilância ambiental, da parceria com o Corpo de Bombeiros, com o Exército e com outras instituições, e do uso de 13 carros de fumacê, apenas com o engajamento dos moradores é possível impedir a expansão da dengue. “Só assim nós vamos vencer essa guerra”, resumiu.
Influenza
Durante a coletiva, o secretário de Saúde também alertou sobre a necessidade de adesão à campanha de vacinação contra influenza, atualmente restrita a públicos prioritários, que inclui idosos a partir dos 60 anos e crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias. “No fim do ano passado, tivemos um forte aumento de casos; queremos evitar que esse cenário se repita”, preveniu.
“A vacinação é o principal método para evitar o agravamento, principalmente nos grupos mais vulneráveis, como idosos e crianças”, salientou a gerente do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal (Cievs-DF), Priscilleyne Reis. Ela também informou que quem recebeu a vacina no fim do ano passado deve buscar a nova dose, uma vez que a campanha atual protege contra novas variantes do vírus.
Confira os locais de vacinação.
Cirurgias eletivas
O secretário de Saúde informou ainda sobre as forças-tarefas para realização de cirurgias eletivas nos hospitais da rede pública. O Hospital Regional da Asa Norte realizou, na semana passada, 35% de cirurgias a mais do que a sua produção regular. No Hospital Materno Infantil de Brasília, o índice atingido foi de 60%. “Isso nos deu um resultado de mais de 10% acima do normal em uma semana”, destacou o secretário. Ele adiantou que o planejamento é intensificar o trabalho nas próximas semanas.
*Com informações da Secretaria de Saúde