Por RAQUEL LUIZA,
Incapacidade de controlar a micção (emissão de urina).
Pode apresentar-se de forma aguda e transitória, geralmente secundária a infecções urogenitais, delírio, intoxicação por álcool ou drogas, ou de forma crônica persistente.
Há também incontinência de esforço (relacionada à deficiência de estrogênio, fraqueza dos elementos anatômicos ou lesão nervosa após parto ou cirurgia), urgência (causada por contrações espasmódicas do músculo detrusor, responsável pelo esvaziamento da bexiga), por transbordamento (quando a bexiga permanece perdas totais e pequenas ocorrem quando a capacidade vesical é excedida), funcional e mista;
A enurese é chamada de incontinência noturna em crianças, normal até os 5 ou 6 anos de idade.
SINTOMAS
A incontinência de esforço ocorre quando são realizadas ações ou movimentos que aumentam a pressão intra-abdominal e da bexiga, como tossir, rir, espirrar ou levantar pesos. É a causa mais comum em mulheres.
Na incontinência de urgência, há um desejo urgente de urinar com incapacidade de reter a urina.
Na incontinência por transbordamento, a bexiga permanece cheia, distende e o paciente perde pequenas quantidades. Pode estar associada à dilatação palpável da bexiga (balão vesical).
Chama-se funcional, quando, sem ser incontinente, o paciente apresenta prejuízos por impossibilidade de acesso a um local adequado.
DIAGNÓSTICO
Depende da etiologia.
A incontinência de esforço é diagnosticada pela história e exame físico.
A avaliação da quantidade de urina remanescente na bexiga após a micção por ultrassom ou cateterismo vesical é útil.
Estudos urodinâmicos que registram variações de pressão e volume dentro da bexiga podem ser necessários.
TRATAMENTO
A incontinência de urgência pode ser prevenida por mudanças nos padrões de comportamento (urinar a cada 2-3 horas para manter a bexiga vazia) associada a exercícios musculares específicos para treinar a bexiga.
Em alguns casos, a administração de medicamentos com efeito relaxante na bexiga é útil.
Em mulheres com incontinência de esforço, a administração de estrogênio pode ser necessária. Os músculos pélvicos podem ser fortalecidos por exercícios específicos (exercícios de Kegel). Existem também medicamentos que aumentam o controle esfincteriano.
Em todos os casos, recomenda-se o uso de roupas íntimas e absorventes específicos para incontinência.
O tratamento cirúrgico pode ser necessário para remover uma obstrução ou deformidade no colo da bexiga ou uretra. A operação de suspensão uterina ou pélvica pode ser necessária em algumas mulheres. Os homens podem necessitar de prostatectomia (remoção da próstata). Além disso, a incontinência pode ser controlada usando esfíncteres artificiais que consistem em manguitos sintéticos que são colocados cirurgicamente ao redor da uretra.