Po Raquel Luiza,
Lesão renal tóxica como resultado da ingestão crônica de analgésicos.
Os mais frequentemente implicados são a fenacetina (acetaminofenol), o paracetamol e a aspirina (ácido acetilsalicílico).
A lesão renal é dose-dependente e aparece após a ingestão de 1 g de fencetin diariamente por 1 a 3 anos, ou após uma dose cumulativa de 1 a 2 kg de paracetamol ou aspirina.
Muitas vezes é uma consequência da automedicação em pacientes com dor crônica.
Ocorre necrose (destruição) das papilas renais e insuficiência renal progressiva.
É mais comum em mulheres com mais de 30 anos.
SINTOMAS
Os sintomas clínicos são poliúria (quantidades excessivas de urin), às vezes associada a piúria estéril ou cólica renal por obstrução do trato urinário, e hematúria. Hipertensão, anemia e concentração anormal de urina são comuns quando a insuficiência renal se desenvolve.
Com a progressão da doença, há sintomas inespecíficos de insuficiência renal avançada.
Dor lombar, hematúria e remoção de uma papila renal (causando obstrução do trato superior) são sinais de necrose papilar que ocorrem mais tarde no curso da doença.
Os pacientes queixam-se de dor musculoesquelética crônica, cefaleia, mal-estar e dispepsia, que podem estar relacionadas ao uso prolongado de analgésicos e não à nefropatia analgésica.
OBS: A leucocitúria ou piúria estéril é a constatação persistente de glóbulos brancos na urina na ausência de bactérias, tal como determinado por meio de técnicas laboratoriais aeróbicas.
DIAGNÓSTICO
É feito por exames de sangue e urina.
A pielografia intravenosa é um estudo radiológico dos rins, ureteres e bexiga após injeção intravenosa de contraste radiopaco. Este procedimento permite detectar de forma confiável os danos nas papilas renais.
TRATAMENTO
Consiste em suspender a ingestão de analgésicos, oferecendo alternativas para o tratamento da insuficiência renal.