Ação da Unidade Básica de Saúde nº 2 alerta para riscos do fumo e convida para tratamento
Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo
“Eu dizia que fumava havia mais de 50 anos e não dava em nada”, relata o paciente. Agora, todas as quartas-feiras, às 8h30, Hermes vai à UBS 2, localizada na Praça do Bicalho, para compartilhar suas experiências. “A força deles é muito grande. Eu acredito que se não fosse essa turma aqui, uma hora dessas eu estaria no boteco, fumando e bebendo”, admite Hermes. Além dos grupos de conversa, a unidade básica de saúde também conduz o tratamento com apoio de equipe multidisciplinar.
“Utilizamos técnicas cognitivas para interromper a associação da situação-gatilho, da fissura de fumar e do comportamento de consumo”, explica a psicóloga Jouse Glória, profissional da UBS 2. Qualquer pessoa que more ou trabalhe na região pode acessar o serviço. Outras unidades de saúde do DF também oferecem tratamento contra tabagismo. A lista está disponível no site da Secretaria de Saúde.
Apoio da população
A ação realizada nesta quarta-feira foi alusiva ao Dia Mundial sem Tabaco, data promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para alertar sobre os riscos do fumo. Nas ruas em torno da Praça do Bicalho, profissionais da Unidade Básica de Saúde 2, pacientes e estudantes da área de saúde distribuíram panfletos e conversaram com a população sobre os riscos do cigarro e as ações da UBS para acolher quem quer parar de fumar. “Quando dizemos não ao tabaco, falamos na prevenção de várias doenças”, acrescenta a gerente da unidade de saúde, Cristiane Falcão.
Ela comenta haver um bom relacionamento com a comunidade, seja de moradores, seja do amplo comércio na região. São pessoas como Antônio Marinho de Oliveira, proprietário de uma lanchonete na quadra QND 19 de Taguatinga. Ele participa de várias ações da unidade básica de saúde e se sente em casa. “Conheço os servidores pelo nome”, fala orgulhoso.
Essa integração com a comunidade é apontada como fundamental pela comerciante Ana Rita da Silva. Ela passou a frequentar o grupo de combate ao tabagismo e há sete meses está longe do vício.
“Antes, eu até consegui parar, mas voltei porque não havia um grupo de apoio”, diz a mulher que afirma ainda lutar todos os dias contra o vício.
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF