O que é o Câncer do Colo do Utero?

Por RAQUEL LUIZA,

Pesquisa busca modelo preditivo da erradicação do câncer de colo do útero - Medicina S/A

O câncer de colo de útero acomete principalmente mulheres com mais de 25 anos e tem como principal agente o papilomavírus humano (HPV), que também pode infectar homens. 

Ilustração com útero normal à esquerda e outro à direita com tumor.

Na maioria dos casos é carcinoma de células escamosas.
Diferentes fatores de risco são reconhecidos, como início precoce das relações sexuais, promiscuidade sexual, maternidade precoce, infecções por vírus como o vírus do papiloma humano (HPV) ou herpes simplex tipo II, situações de imunidade deprimida, tabagismo e presença de alta displasia cervical de alto grau.
Dissemina-se por extensão local, pelos vasos linfáticos e, mais raramente, pelos vasos sanguíneos.
Ocorre mais frequentemente entre as idades de 40 e 55 anos.

 

Antes de tornar-se maligno, o que leva alguns anos, o tumor passa por uma fase de pré-malignidade, denominada NIC (Neoplasia Intraepitelial Cervical), que pode ser classificada em graus I, II, III e IV de acordo com a gravidade do caso.

Embora sua incidência esteja diminuindo, o câncer de colo do útero ainda é o quarto câncer mais incidente em mulheres (desconsiderando o câncer de pele não melanoma) e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

Felizmente, as estatísticas estão mostrando que 44% dos casos diagnosticados no País são de lesão in situ precursora do câncer, ou seja, lesões que ainda estão restritas ao colo e não desenvolveram características de malignidade. Nessa fase, a doença pode ser curada na quase totalidade dos casos.

 

Fatores de risco para câncer de colo do útero

 

A infecção pelo HPV, responsável pelo aparecimento das verrugas genitais, representa o maior fator de risco para o surgimento do câncer de colo de útero. Apesar de existir mais de uma centena de tipos diferentes desse vírus, somente alguns estão associados ao tumor. São classificados como de alto risco os tipos 16, 18, 45 e 56; de baixo risco, os tipos 6, 11, 41, 42 e 44, e de risco intermediário os tipos  31, 33, 35, 51 e 52.

Podem ser citados, ainda, como fatores de risco:

  • Início precoce da atividade sexual;
  • Múltiplos parceiros sexuais ou parceiros com vida sexual promíscua;
  • Cigarro;
  • Baixa imunidade;
  • Não fazer o Papanicolaou com regularidade;
  • Más condições de higiene;
  • Histórico familiar.

 

SINTOMAS

Sangramento após a relação sexual.
Metrorragia (sangramento uterino independente da menstruação) pode aparecer em estágios avançados.
O diagnóstico precoce pode ser feito por meio do Papanicolau, que consiste na coleta de células do pescoço com espátula e pincel para análise, o que permite detectar células neoplásicas.
Este exame deve ser realizado periodicamente em todas as mulheres sexualmente ativas, a fim de diagnosticar a presença de displasia cervical antes de sua transformação em câncer invasivo.

 

DIAGNÓSTICO

Quais os sintomas de câncer no colo do útero? - Médico Responde

A colposcopia permite a visualização de 10 a 15 potências do colo do útero e amostragem de áreas suspeitas.
O teste de Schiller é realizado aplicando-se uma coloração de iodo ao colo do útero durante a colposcopia.
As áreas que não absorvem a mancha são consideradas suspeitas.
A curetagem endocervical (raspagem da endocérvice) é utilizada em casos duvidosos.
O exame anatomopatológico da lesão confirma o diagnóstico.

 

TRATAMENTO

Se o diagnóstico for feito na fase pré-invasiva, a conização (remoção do colo em forma de cone truncado) é suficiente, desde que as margens de ressecção sejam adequadas (3 a 5 mm).
A histerectomia radical (remoção do útero e do manguito vaginal), juntamente com a remoção dos linfonodos pélvicos (histectomia radical de Wertheim-Meigs), é utilizada em estágios mais avançados.
Se o tumor invadiu os ligamentos uterossacro e cardinal (paramétrio) ou é maior que 4 cm, a radioterapia e a quimioterapia são indicadas.
Nos casos de doença disseminada, a quimioterapia é usada.

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