Por RAQUEL LUIZA,
O colo do útero ou colo do útero é formado por uma porção extravaginal ou endocérvice, recoberta por epitélio colunar, e uma porção intravaginal ou exocérvice, recoberta por epitélio escamoso estratificado (o epitélio ocorre na chamada junção escamocolunar.
Sob certas condições fisiológicas, o epitélio endocervical invade a porção exocervical, onde se transforma em epitélio escamoso. Às vezes, esse processo falha, gerando um epitélio plano normal, cujas células parecem alteradas, embora não se tornem células tumorais.
Sem tratamento, até 50% podem progredir para câncer invasivo.
É mais comum em mulheres com múltiplos parceiros sexuais ou promíscuos, início precoce da atividade sexual, gravidez precoce e exposição ao papilomavírus humano.
É classificada como lesão epitelial escamosa (SIL) de baixo grau, quando a displasia é leve, acomete um terço basal do epitélio, ou SIL de alto grau, quando a displasia é moderada a grave e acomete os dois tecidos basais ou superior. um. .
Quais as causas e sintomas da displasia cervical?
O HPV é o causador mais comum da displasia do colo do útero, mas algumas variáveis externas ou comportamentais podem influenciar o desenvolvimento da doença. Os principais fatores de risco são tabagismo, presença de outras infecções sexualmente transmissíveis, como herpes e clamídia, e anticoncepcionais orais usados por muito tempo. Mulheres portadoras de HIV também apresentam mais risco de desenvolver a displasia cervical.
A persistência do vírus HPV é um dos principais aspectos que influencia o agravamento das lesões que acarretam a displasia cervical. A doença pode não apresentar sintomas e, na maioria das vezes, só é diagnosticada durante o exame ginecológico – já que costuma haver verrugas no colo do útero. A infecção pode ser confirmada por biópsia ou exames de colposcopia. Normalmente, não há corrimento, dor ou coceira – por isso, a importância de visitar o seu médico ginecologista todos os anos para uma avaliação geral de saúde.
SINTOMAS
As lesões são assintomáticas.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico pode ser feito por meio do Papanicolau, que consiste na coleta de células do pescoço por meio de uma espátula e um pincel para análise, o que permite detectar células displásicas.
Este exame deve ser realizado periodicamente em todas as mulheres sexualmente ativas, a fim de diagnosticar a displasia antes de sua transformação em câncer invasivo.
A colposcopia permite a visualização com ampliação de 10-15x do colo do útero e amostragem de áreas suspeitas.
O teste de Schiller é realizado aplicando-se uma coloração de iodo ao colo do útero durante a colposcopia. As áreas que não absorvem a mancha são consideradas suspeitas.
O exame anatomopatológico da lesão confirma o diagnóstico.
TRATAMENTO
Na SIL de baixo grau, a destruição extensa da lesão é realizada com crioterapia, termocoagulação ou laser.
Na SIL de alto grau, está indicada a conização cervical (remoção cirúrgica de uma porção do colo do útero em forma de cone).