Mais de 11 mil transfusões de sangue já realizadas este ano no DF

Procedimentos nos hospitais de Base e Santa Maria só são possíveis com as colaborações de doadores que ajudam a salvar milhares de vidas

Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

De janeiro a maio de 2022, os hospitais administrados pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) realizaram 11.195 transfusões de sangue. Dessas, 9.485 foram realizadas pelo Hospital de Base do DF (HBDF), responsável pela maior parte dos procedimentos e referência em atendimento de alta complexidade. As demais 1.710 transfusões sanguíneas foram feitas no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), que tem menor porte.

O Dia Mundial do Doador de Sangue, nesta terça-feira (14), foi instituído para agradecer aos doadores e incentivar novas pessoas a contribuírem com esse ato que salva vidas | Fotos: Davidyson Damasceno/Iges-DF

O balanço oficial foi divulgado nesta terça-feira (14), em alusão ao Dia Mundial do Doador de Sangue, data instituída para agradecer aos doadores e incentivar novas pessoas a contribuírem com esse ato que salva vidas. Mariela Souza de Jesus, diretora-presidente do instituto, aproveita a data para elogiar a atuação dos bancos de sangue das unidades. “O perfeito funcionamento das unidades é fundamental para que as equipes médicas possam salvar vidas que precisam de transfusão de sangue, e os profissionais das unidades atuam com excelência”, comemora a gestora.

A chefe do Serviço de Hematologia e Hemoterapia do HBDF, Miriam Scaggion, explica que as doações de sangue são coletadas na Fundação Hemocentro de Brasília (FHB). Após o processamento, são encaminhadas para as agências transfusionais, que ficam localizadas nos hospitais que redistribuem aos pacientes. “A doação de sangue é um ato de amor. Cada bolsa de sangue doado pode ajudar vários pacientes, porque são gerados quatro hemocomponentes: o concentrado de hemácias, o plasma, as plaquetas e o crioprecipitado. Esses insumos são usados em situações diversas, como perdas de sangue ou em pacientes com dificuldade de coagulação”, diz.

Scaggion explica que a pandemia da covid-19 reduziu muito as doações de sangue em razão da adoção de novos critérios para garantir a segurança do sangue, como análise do histórico de covid-19, e ter tido contato com pessoas doentes. “Muitos deixaram de doar nesse período por não atenderam aos requisitos. Tem sido difícil. Por isso, pedimos que todas as pessoas que estejam saudáveis e atendam aos critérios ajudem na doação”, diz.

Com o maior Banco de Sangue do Distrito Federal, o Hospital de Base é uma das unidades de saúde que mais dependem das doações de sangue para garantir o atendimento de pacientes. “É natural que o HBDF demande uma grande quantidade de transfusões, já que é referência no DF para atendimento de traumas e realização de procedimentos de alta complexidade, como cirurgias cardíacas e transplantes, além de concentrar o atendimento da maioria dos pacientes oncológicos e onco-hematológicos”, explica a chefe do Serviço de Hematologia e Hemoterapia da unidade.

No HBDF, há duas agências transfusionais que cuidam do armazenamento das bolsas de sangue e hemocomponentes. Uma unidade atende aos pacientes do ambulatório, principalmente pacientes em quimioterapia. Essa agência também atende ao prédio de internação, que tem 12 andares. Já a agência transfusional do pronto-socorro prepara as transfusões utilizadas no centro cirúrgico, UTIs e o próprio pronto-socorro. Ela funciona 24 horas por dia para atender todas as urgências dos diversos setores do hospital.

No HRSM, a chefe do Núcleo de Hemoterapia, Gisele Lorranna Silva Santos, explica que “58% das transfusões são destinadas a pacientes da UTI, 25% da internação (maternidade, ortopedia, nefrologia, clínica médica, pronto-socorro) e 17% centro cirúrgico (geral/obstétrico). Além disso, cerca de 80% de todas essas transfusões são realizadas na modalidade urgência/emergência, ou seja, o paciente deve ser atendido em no máximo três horas para urgência e imediatamente para emergência, para que não haja agravo no quadro clínico. Desta forma, é muito importante manter o estoque estratégico de hemocomponentes no hospital, pois em muitos casos é preciso atender imediatamente o paciente”.

Como doar?

As doações são agendadas previamente pelo site agenda.df.gov.br. Interessados em doar sangue devem ter idade entre 16 anos completos (com autorização dos pais) e 69 anos. É necessário pesar mais de 50 quilos e apresentar documento de identidade original com foto. Não precisa estar em jejum. Quanto aos demais critérios de doação e outras informações, basta consultar em https://www.fhb.df.gov.br/.

O Hemocentro de Brasília fica no Setor Médico Hospitalar Norte, Conjunto A, Bloco 3, e funciona de segunda a sábado, das 7h às 18h.

*Com informações do Iges-DF

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