O que causa a doença inflamatória pélvica – DIP?

Por RAQUEL LUIZA,

O que é Doença Inflamatória Pélvica - DIP | Causas e Tratamentos

 

Infecção envolvendo o útero, trompas de Falópio ou ovários, causada por uma infecção bacteriana que ascende do trato genital inferior.
Geralmente, os germes causadores de doenças sexualmente transmissíveis estão envolvidos na etiologia. Chlamydia trachomatis e Niisseria gonorrhoeae são as mais frequentes.
A invasão bacteriana também pode ocorrer após intervenções ou procedimentos ginecológicos, como implante de dispositivo intrauterino (DIU) ou aborto ou aborto espontâneo.
A infecção começa no colo do útero (endocervicite) e se espalha para o útero (endometrite), trompas de Falópio (salpingite), ovário (ooforite) e peritônio (peritonite).
Ocorre mais frequentemente em pacientes jovens, portadores de doenças sexualmente transmissíveis ou portadores de DIU.

É muito importante saber reconhecer os sintomas e começar um tratamento rapidamente para que a doença inflamatória pélvica não cause problemas mais graves, como a infertilidade ou riscos durante a gravidez.

A doença inflamatória pélvica, também conhecida como DIP, é uma infecção nos órgãos reprodutores femininos. Trata-se de uma das complicações mais sérias das doenças sexualmente transmissíveis, e pode causar danos irreversíveis ao útero, ovários, trompas de Falópio e outras partes do sistema reprodutor. É uma das maiores causadoras da infertilidade nas mulheres.

Por se tratar de uma doença que pode trazer consequências tão devastadoras, é fundamental ficarmos atentas aos sintomas que ela apresenta e consultar um médico se surgir qualquer suspeita. Neste artigo, falarei sobre os detalhes da doença inflamatória pélvica, incluindo suas causas, sintomas e como preveni-la.

Doença inflamatória pélvica (DIP) - FIV São Paulo

 

CAUSAS

Uma mulher pode sofrer com a DIP quando germes e bactérias sobem pela vagina até infectar os órgãos reprodutores, localizados na região pélvica. Existem vários tipos de bactérias que podem causar esta doença, mas na maioria dos casos ela surge devido a bactérias que causam duas doenças sexualmente transmissíveis relativamente comuns: a gonorreia e a clamídia.

Desde o momento em que entramos em contato com a bactéria, ela pode demorar um tempo que varia entre alguns dias até alguns meses para realmente chegar aos órgãos pélvicos.

É importante ressaltar que, embora seja menos frequente, também é possível ter a doença inflamatória pélvica sem a ocorrência de nenhuma doença sexualmente transmissível. Algumas bactérias naturalmente presentes na vagina e no colo do útero podem acabar causando a infecção, ainda que não se saiba exatamente por que motivo isso ocorre.

Outras situações que podem desencadear uma infecção são passar por um parto, aborto ou intervenções cirúrgicas no útero ou na vagina. A presença de tumores benignos, como pólipos, também podem exercer uma certa influência no surgimento da doença, assim como o uso de alguns métodos contraceptivos, como o DIU.

 

SINTOMAS

Estes são os principais sintomas que costumam se manifestar em mulheres que contraem a DIP:

  • dor na parte inferior do abdômen e na região pélvica é o principal sintoma da doença. Ela pode ser tanto uma sensibilidade extra ou incômodo suave quanto uma dor mais forte e severa.
  • Presença constante de fortes corrimentos de cor amarelada ou esverdeada, acompanhados também por um odor incomum e desagradável.
  • Sensação de desconforto e dor durante as relações sexuais.
  • Sensação de dor e dificuldade para urinar.
  • Náusea e vômitos.
  • Sangramento menstrual irregular.
  • Calafrios e temperatura corporal alta, que pode evoluir para uma febre forte.
  • Embora não seja tão comum, em alguns casos podem ocorrer sangramentos anormais na vagina entre os períodos de menstruação ou após uma relação sexual.

Os sintomas podem começar a aparecer de forma suave, mas não se esqueça de que sempre existe a possibilidade de que eles evoluam rapidamente. Se você estiver sentindo alguns dos sintomas acima, consulte seu médico para obter um diagnóstico mais preciso.

Além disso, é importante lembrar que, em algumas situações, a doença inflamatória pélvica não apresenta sintomas, tornando difícil a tarefa de detectá-la. Por isso é fundamental consultar um ginecologista regularmente, mesmo que não tenha notado nenhuma situação diferente do normal. Com exames periódicos, podemos detectar uma infecção quando ela ainda não chegou aos órgãos reprodutores, facilitando o seu tratamento.

 

PREVENÇÃO

A prevenção da DIP inclui hábitos de higiene, atenção redobrada às relações sexuais e consultas rotineiras como um ginecologista de confiança.

  • Dê à sua vida sexual a atenção que ela merece. Lembre-se de que somente a camisinha é capaz de prevenir as doenças sexualmente transmissíveis como a clamídia e a gonorreia, as principais responsáveis pela ocorrência da doença inflamatória pélvica.
  • Mantenha uma higiene adequada da região íntima, principalmente durante o período menstrual, onde a convivência com bactérias é maior. Use produtos específicos para manter o equilíbrio da flora bacteriana vaginal.
  • Fique atenta a alterações na menstruação e à presença de corrimentos incomuns. Consulte sempre seu médico ao menor sinal de mudança.
  • É melhor prevenir do que remediar, por isso as consultas ginecológicas de rotina são de vital importância e não podem ser esquecidas. Detectar a doença inflamatória pélvica a tempo é fundamental para o sucesso do seu tratamento e para impedir que sejam causados danos permanentes aos órgãos reprodutores, que podem inclusive levar à infertilidade. Fique atenta e leve esta recomendação a sério, afinal, com a saúde não se brinca.

DIAGNÓSTICO

Baseia-se no exame clínico.
São reconhecidos critérios maiores como dor no baixo ventre, dor na movimentação do útero durante o exame físico, dor nos ovários no exame abdominal, história de atividade sexual nos últimos meses e ultrassonografia negativa para outra patologia.
Febre, aumento de glóbulos brancos e presença de germes em amostras de material do útero e da vagina ajudam a confirmar o diagnóstico.

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TRATAMENTO

É feito com antibióticos, que devem ser iniciados precocemente para evitar alterações no funcionamento das tubas uterinas que podem levar à infertilidade.
O tratamento cirúrgico (drenagem de abscessos intra-abdominais) às vezes é necessário.

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