Conjuntivite: sua transmissão, causas e prevenção. Conhecer para prevenir!

Por Raquel Luiza,


As conjuntivites e o verão - Rádio Santiago

Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Em geral, ataca os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar seqüelas. Ela pode ser aguda ou crônica, afetar um dos olhos ou os dois.

Pode ser decorrente de infecção (bacteriana ou viral), alérgica ou de contato, entre outras.
A causa mais comum é viral, geralmente devido ao adenovírus.
A conjuntivite bacteriana aguda é geralmente causada por Staphylococcus aureus, S. epidermidis, estreptococos e Haemophilus.
O tracoma é uma ceratoconjuntivite bacteriana (infecção da córnea e da conjuntiva) causada pela Chlamydia trachomatis, que pode evoluir para cegueira.

A conjuntivite alérgica ocorre em relação a um alérgeno (pólen, flocos de pele ou pêlos de animais, ácaros, esporos de fungos, poeira industrial). É mais frequente na primavera e no outono.
A conjuntivite de contato está associada ao uso de cosméticos, lentes de contato ou medicamentos.

O recém-nascido pode apresentar conjuntivite por Neisseria gonorrhoeae, Staphylococcus sp, Streptococcus pneumoniae, vírus do herpes simples e clamídia.

 

Causas

A conjuntivite pode ser causada por reações alérgicas a poluentes ou substâncias irritantes (poluição, fumaça, cloro de piscinas, produtos de limpeza ou de maquiagem, etc.). A mais comum delas é a conjuntivite primaveril, ou febre do feno, geralmente causada por pólen espalhado no ar.
A conjuntivite pode ser causada, também, por vírus e bactérias. Nestes casos, ela é contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados.

 

Sintomas

Conjuntivite - Oftalmologia

Apresenta-se com sensação de corpo estranho ocular (sensação de área nos olhos), vermelhidão (hiperemia e injeção conjuntival) e prurido. Também pode apresentar visão turva e aumento da sensibilidade ou luz (fotofobia).
Na conjuntivite bacteriana, são observados prurido ou secreção mucopurulenta e dificuldade em abrir os olhos ao acordar.
Os quadros virais podem apresentar febre, faringite, mal-estar e secreção ocular serosa.
A forma alérgica está associada a rinite, asma ou urticária.

Abaixo listei os principais sintomas:

– Olhos vermelhos e lacrimejantes;
– pálpebras inchadas;
– sensação de areia ou de ciscos nos olhos;
– secreção purulenta (conjuntivite bacteriana);
– secreção esbranquiçada (conjuntivite viral);
– coceira;
– fotofobia (dor ao olhar para a luz);
– visão borrada;
– pálpebras grudadas quando a pessoa acorda.

Transmissão da conjuntivite

Como mencionado, a conjuntivite pode apresentar causas variadas, sendo algumas não transmissíveis, como as conjuntivites alérgicas. Algumas conjuntivites, no entanto, podem ser transmitidas de uma pessoa para a outra, sendo o caso das conjuntivites infecciosas. A transmissão pode ocorrer por meio do contato com a secreção produzida pelo paciente ou, ainda, com objetos contaminados, tais como rímel, delineador, lenços e toalhas.

Sendo assim, nas conjuntivites virais e bacterianas, recomenda-se que o paciente permaneça em casa até a cura da doença a fim de evitar a sua propagação. Além disso, deve-se orientar sobre não emprestar objetos de uso pessoal e redobrar as medidas de higiene, lavando sempre as mãos e trocando toalhas e fronhas diariamente, enquanto os sintomas persistirem.

 

Diagnótico

É realizado por exame oftalmológico.
A cultura da secreção ocular pode ser útil.

 

Tratamento

O tratamento da conjuntivite é determinado pelo agente causador da doença. Para a conjuntivite viral não existem medicamentos específicos. Já, o tratamento da conjuntivite bacteriana inclui a indicação de colírios antibióticos, que devem ser prescritos por um médico, pois alguns colírios são altamente contra-indicados, porque podem provocar sérias complicações e agravar o quadro.

Cuidados especiais com a higiene ajudam a controlar o contágio e a evolução da doença. Qualquer que seja o caso, porém, é fundamental lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico comprado em farmácias ou distribuído nos postos de saúde.

A conjuntivite bacteriana é tratada com antibióticos na forma de colírio (ciprofloxacina).
O viral requer anti-inflamatórios não esteroides tópicos até a resolução do quadro. Antibióticos locais são associados para evitar superinfecções,
A causa alérgica melhora com anti-histamínicos orais e esteróides tópicos.
A profilaxia da conjuntivite gonocócica e clamídia no recém-nascido é realizada com eritromicina tópica.

 

Prevenção

– Evitar aglomerações ou freqüentar piscinas de academias ou clubes;- lavar com freqüência o rosto e as mãos, uma vez que estes são veículos importantes para a transmissão de micro-organismos patogênicos;
– não coçar os olhos;
– usar toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos, ou lavar todos os dias as toalhas de tecido;
– trocar as fronhas dos travesseiros diariamente, enquanto perdurar a crise;
– não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza;
– não se automedique.

 

Ressalto a importância de procurar um profissional especializado , o oftalmologista, habilitado para que possa diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis neste site possuem apenas caráter educativo  e informativo.

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