Agência Brasília* | Edição: Claudio Fernandes
Crianças com menos de 5 anos estão no grupo de risco da influenza, pois podem desenvolver síndrome respiratória grave
De acordo com a Referência Técnica Distrital (RTD) em Pediatria, Julliana Macêdo, a gripe pode ser perigosa nas crianças e a vacinação contra a influenza tende a impedir quadros graves, como a síndrome respiratória aguda grave (SRAG). “Agora em janeiro, começa a sazonalidade respiratória na criança e piora o número de atendimentos e impacta os leitos pediátricos”. A médica reforça que as crianças imunizadas diminuem também o risco de serem vetores dentro de casa, protegendo também os adultos.
Em 2021, houve 169 casos de síndrome respiratória aguda grave por influenza. Desses, 58 foram em menores de idade, o que equivale a quase um terço dos casos. Até 24 de setembro de 2022, foram identificadas 152 pessoas com o vírus, sendo 71 menores de 10 anos, o que equivale a 47%.
Segundo a RTD em Infectologia, Lívia Gomes, a influenza geralmente apresenta manifestações leves, mas pode causar ausência na escola e no trabalho. Além disso, a doença pode se desenvolver e gerar complicações. “As vacinas previnem as formas graves da doença e evitam as hospitalizações e os óbitos”, alerta.
“A maioria dos casos apresenta febre, tosse, coriza, dores de cabeça e muscular e sintomas que são comuns em outras doenças”, explica a RTD de Medicina da Família, Camila Monteiro Damasceno. A especialista alerta que há grupos de risco, incluindo crianças com menos de 5 anos, que acabam desenvolvendo síndrome respiratória grave, e muitas vezes necessitam de internação, suporte inalatório, podendo evoluir, com chance de óbito.
O público-alvo da vacinação contra influenza é de crianças com até 5 anos incompletos, gestantes, idosos, população carcerária, entre outros. Em junho, a Secretaria de Saúde ampliou a vacinação para todos com mais de 6 meses de idade. Até o último levantamento da pasta, em 14 de outubro, 1.459.149 doses foram administradas no Distrito Federal, sendo 903.136 doses do público não prioritário.
As vacinas estão disponíveis em todas as regiões do Distrito Federal. Os locais são atualizados diariamente no site da Secretaria de Saúde e podem ser acessados neste link.
Outras vacinas
Além da vacinação contra influenza, outros imunizantes estão abaixo da meta da cobertura vacinal, como os da poliomielite e meningite. O coordenador substituto da Atenção Primária à Saúde, Adriano de Oliveira, reforça que o ideal é a família pedir a um profissional de saúde para conferir a caderneta de vacinação e, assim, atualizar algum imunizante, caso esteja faltando. “As UBSs estão abertas de segunda a sexta-feira, e manteremos esse esforço aos sábados também para que a população possa procurar e o DF tenha tranquilidade no controle das doenças.”
As vacinas de rotina estão disponíveis neste link.