Novembro Azul: Luta contra o Câncer de Próstata – Conhecer para Prevenir!

Por RAQUEL LUIZA,


 

Em 17/11 é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, data que deu origem ao movimento Novembro Azul e teve início em 2.003, na Austrália, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças que atingem a população masculina. Diariamente, 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e, aproximadamente, 3 milhões vivem com a doença. É a segunda maior causa de morte por câncer em homens no Brasil. São estimados para este ano 68.220 novos casos.

Novembro Azul. O homem também precisa se cuidar - Câmara de Vereadores de Braço do Trombudo

O que é a próstata?

A prostata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, e se assemelha a uma castanha.

Localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.

 

 

Câncer de Próstata -

É o tumor maligno mais comum do aparelho geniturinário masculino e o segundo mais comum depois do câncer de pulmão.
Geralmente são adenocarcinomas que se originam nas áreas periféricas da próstata.
Acredita-se que os andrógenos desempenhem algum papel em seu desenvolvimento.
Tem a capacidade de se espalhar para órgãos vizinhos (vesícula seminal, bexiga e reto) e pode levar a metástases via sangue ou linfáticos para ossos (pelve, corpos vertebrais, fêmur e costelas), pulmão, fígado e glândulas adrenais.
Geralmente ocorre em homens com mais de 60 anos de idade.

 

CAUSAS

As causas do câncer de próstata não são claras.

Os médicos sabem que o câncer de próstata começa quando as células da próstata têm alterações em seu DNA. O DNA da célula contém as instruções que dizem à célula o que fazer. As mudanças instruem as células a crescer e se dividir mais rapidamente do que as células normais. As células anormais continuam a viver quando outras células morreriam.

O acúmulo de células anormais forma um tumor que pode crescer e invadir tecidos próximos. Com o tempo, algumas células anormais podem quebrar e se espalhar (metástase) para outras partes do corpo.

 

SINTOMAS

É semelhante à hipertrofia prostática benigna, com retardo no início da micção, diminuição da força e calibre do jato miccional, gotejamento ao final da micção, micção em duas ou mais vezes e sensação de micção incompleta (síndrome prostática) .
Pode haver hematúria (presença de glóbulos vermelhos na urina).
Um quarto dos pacientes tem metástase no momento do diagnóstico.

Câncer de próstata: sintomas, riscos, tratamento - Mundo Educação

 

DIAGNÓSTICO

O trato retal (palpação da próstata através da inserção de um dedo pelo ânus) é o primeiro exame a ser realizado. Características como dureza, nodularidade, irregularidade e apagamento dos sulcos anatômicos devem levar a suspeitar da presença de um carcinoma.
O antígeno prostático específico (PSA) é uma proteína produzida pelas células da próstata. Seus níveis estão elevados no sangue desses pacientes, embora deva ser analisado em conjunto com os dados do toque retal, pois também está elevado em patologias benignas da próstata.
Outra substância, a fosfatase ácida prostática (PAP), está elevada na presença de carcinoma de próstata em estágios avançados.
A ultrassonografia transretal oferece informações sobre as características anatômicas da glândula e a invasão de estruturas vizinhas (vesícula seminal, bexiga ou reto).
O diagnóstico definitivo é feito por biópsia de próstata guiada por ultrassom ou guiada digitalmente (pelo toque retal).
A tomografia axial computadorizada e a ressonância magnética permitem a avaliação de metástases à distância. A cintilografia óssea é especialmente indicada quando há suspeita de metástases ósseas.

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Prevenção e tratamento

A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico). Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.

 

TRATAMENTO

A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, tais como, estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão.

O exame de toque retal e de PSA, são principais meios para detectar a doença precocemente, quando as chances de cura são maiores e os tratamentos, menos invasivos. Converse sempre com seu urologista sobre o tema, tirando dúvidas e quebrando preconceitos. A detecção e o tratamento precoces podem salvar vidas!

Existem diferentes opções terapêuticas, dependendo do paciente e da extensão da doença,
Em pacientes com menos de 70 anos, o tratamento cirúrgico com remoção da próstata por prostatectomia radical é preferível. Como complicações podem deixar incontinência urinária e impotência.
A radioterapia tem resultados semelhantes à cirurgia se a doença for localizada.
A supressão dos níveis androgênicos circulantes (terapia hormonal) através do bloqueio androgênico combinado associa um análogo do LHRH (leuprorrelina) e um antiandrogênico (flutamida ou bicalutamida), e retarda o crescimento de células neoplásicas que possuem receptores para androgênios (o carcinoma apresenta células que respondem a andrógenos e outros que não o fazem). É usado em estágios avançados.
Em estágios muito iniciais ou em pacientes com baixa expectativa de vida, a vigilância ativa pode ser realizada.

Cáncer de próstata - Diagnóstico y tratamiento - Mayo Clinic

 

 

Fontes: Instituto Nacional do Câncer/ Instituto Oncológico/ Sociedade Brasileira de Urologia

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