Bebês de UTI neonatal vestem a camisa na torcida pelo hexa

Projeto do Hospital Regional de Ceilândia busca promover a saúde mental das famílias atendidas

Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

Poderíamos dizer que os menores torcedores do Brasil vestiram a camisa pela conquista do hexa, mas as crianças atendidas na Unidade de Neonatologia (Uneo) do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) são pequenas só mesmo no tamanho. O projeto Campeões da Uneo vestiu com as cores da seleção 24 pequenos pacientes que todos os dias entram em campo para vencer uma Copa do Mundo pela vida.

Batizado de Mês da Prematuridade, novembro também é marcado por ações de capacitações para os servidores que atuam na área | Foto: Marcos Bomtempo

A psicóloga Denise Percílio explica que o principal objetivo de ações como essas é promover a integração das famílias à equipe multidisciplinar responsável pelo cuidado. “Quando nasce um prematuro, nasce uma família prematura”, conta. Enquanto as crianças têm protocolos de atendimento específicos e o suporte de equipamentos e medicamentos necessários para o suporte à vida, ações de acolhimento são realizadas para promover a saúde mental de cuidadores.

A Uneo acolhe tanto crianças recém-nascidas com graves problemas de saúde quanto prematuras extremas, que nasceram com menos de 30 semanas de gestação, quando o indicado é esperar pelo menos 37

“O nosso serviço maior aqui é escutar essas famílias, acolher e ter empatia por cada um, pela particularidade de cada um. Todos da equipe, desde o médico até a assistente social, dentro da sua competência técnica, abordam e acolhem as famílias”, explica a supervisora de enfermagem da Uneo, Raíssa Alves de Sousa.

O projeto Campeões da UNEO contou com a participação de fotógrafos voluntários e das organizações não governamentais Tricosturando, Mãe Generosa e Pedacinho do Afeto BSB, que criaram peças de roupas temáticas para a copa e doaram um enxoval para cada bebê. “Para essas mães que estão aqui há muito tempo, elas precisam ter a esperança de que vão para a casa com os seus bebês”, conta a supervisora.

A Uneo acolhe tanto crianças recém-nascidas com graves problemas de saúde quanto prematuras extremas, que nasceram com menos de 30 semanas de gestação, quando o indicado é esperar pelo menos 37. São mais de 100 servidores na equipe interdisciplinar, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicóloga, além de contar com o apoio dos demais setores do HRC para atender os pacientes de 25 leitos, sendo dez de cuidados intensivos, dez de cuidados semi-intensivos e cinco de preparação para a alta.

Capacitação contínua

Batizado de Mês da Prematuridade, novembro também é marcado por ações de capacitações para os servidores que atuam na área. Entre os dias 14 e 17, a Uneo do HRC promoveu oficinas sobre dor e estresse, posicionamento e aleitamento, além de encontros com as mães de crianças internadas.

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