O que é Osteoma osteóide? Conheça sintomas , causas e tratamento.

Por RAQUEL LUIZA,


Osteoma osteoide na coluna: sintomas, causas e tratamentos - Cirurgião da  Coluna Vertebral em Cuiabá | Dr. Carlos Augusto Costa Marques

Tumor benigno formador de osso.
Descrito inicialmente em 1935, o osteoma osteoide é um tumor ósseo benigno observado com mais fre¬quência nos membros inferiores de crianças ou adultos jovens, sexo masculino, com idade entre 10 e 25 anos. Essa tumoração consiste em uma proliferação anormal de tecido ósseo osteoblástico, células responsáveis pela formação óssea. Quando essa lesão ultrapassa um tamanho de 2 cm, a alteração é descrita como um osteoblastoma.

A apresentação clínica mais comum é dor localizada, principalmente a noite, que pode ser amenizada pelo uso de antiinflamatórios não hormonais ou aspirina. O local mais comum de acometimento é a região cortical, porém pode ocorrer na região subperiosteal ou endosteal. É uma lesão osteoblástica, “borda do osso”, e frequentemente pode ser vista no exame de raio X, caracterizada por seu pequeno tamanho e pela presença de bordos escleróticos, bem delimitados. Entretanato devido ao pequeno tamanho, muitas vezes a Tomografia Computadorizada é o exame de eleição para o diagnóstico.

No pé, a incidência desse tumor varia de 2 a 11%, sendo o tálus o osso mais acometido, como demonstrado na figura abaixo. Em crianças, a dor pode ser mínima ou mesmo ausente. Esse tumor produz uma resposta inflamatória crônica e intensa nos tecidos adjacentes e, no tecido ósseo, provoca a formação de reação periostal, esclerose óssea e sinovite.

 

Sintomas

O paciente pode apresentar um tumor ou sintomas devido à compressão de órgãos vizinhos.

Em primeiro lugar, os sinais do osteoma osteoide, geralmente, seguem o mesmo padrão. Eles podem incluir;

  • dor persistente e aguda;
  • inchaço;
  • piora da dor durante a noite;
  • espasmos musculares;
  • sensibilidade aumentada;
  • escoliose (desvio da coluna);
  • alterações no crescimento, quando o tumor se desenvolve em crianças;
  • alívio passageiro da dor com o uso de aspirina.

Em resumo, a dor característica da doença ocorre devido à alta concentração de terminais nervosos no centro do tumor, chamados de nidus. Outra causa da dor é a reação inflamatória no local em que as células se desenvolvem.

Os sintomas costumam responder bem ao tratamento medicamentoso, de forma sintomática, mas o tratamento definitivo costuma ser cirúrgico ou através de radioablação. Na presença desses sintomas ou diagnóstico, procure seu ortopedista de confiança.

Causas

A princípio, não se sabe, ao certo, quais são as causas do desenvolvimento do osteoma osteoide. Sabe-se somente que este é um tipo de tumor benigno mais comum nos homens do que nas mulheres. Outra característica da doença é a recorrência em crianças, jovens e adultos de até 35 anos.

Diagnóstico

A princípio, não se sabe, ao certo, quais são as causas do desenvolvimento do osteoma osteoide. Sabe-se somente que este é um tipo de tumor benigno mais comum nos homens do que nas mulheres. Outra característica da doença é a recorrência em crianças, jovens e adultos de até 35 anos.

A radiografia mostra uma imagem típica de formação óssea com uma ilhota osteolítica central (nidus).

Osteoma Osteóide - Dr. Rodrigo Macedo

 

De todo modo, os exames de imagem não são suficientes para descartar a presença do osteoma osteoide.

A biópsia, que é a remoção de tecido tumoral para análise de laboratório, é de fato um método mais eficaz para este fim.

 

Tratamento

É cirúrgico com extirpação completa do ninho central.

Não apresenta risco de malignidade.

Muitos casos de osteoma osteoide são tratados somente com o uso de anti-inflamatórios não esteroides, buscando-se apenas o alívio da dor. Esse método é eficaz para os casos em que não há alterações na estrutura da coluna vertebral.

Por outro lado, nos casos em que os medicamentos não são capazes de trazer alívio para as dores, o melhor método terapêutico é a cirurgia de remoção do tumor. A cirurgia para o tratamento do osteoma osteoide pode ser feita pelo método de ablação por radiofrequência ou excisão aberta, a depender de cada caso.

 

 

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