Anemia: o que é, sintomas, causas e como combater. Conhecer para Prevenir!

Por RAQUEL LUIZA,


Ilustração de gota de sangue, que representa a anemiaO que é a anemia?

A anemia é definida como uma deficiência nos níveis de hemoglobina, uma proteína dos glóbulos vermelhos (ou hemácias) do sangue que ajuda a transportar o oxigênio pelo organismo.

A diminuição do número de glóbulos vermelhos (ou glóbulos vermelhos) ou do seu teor de hemoglobina (pigmento responsável pelo transporte de oxigênio),  leva à diminuição do aporte de oxigênio aos tecidos, o que pode gerar diferentes sintomas.

O tratamento depende do tipo e da gravidade do problema — e vai desde a suplementação de ferro ou vitaminas do complexo B até o transplante de medula óssea.

Na maioria das vezes, a anemia é consequência de uma doença ou carência nutricional, e não uma enfermidade em si.

 

O corpo produz três tipos de células sanguíneas: glóbulos brancos para combater infecções, plaquetas para ajudar a coagular o sangue e glóbulos vermelhos para transportar oxigênio por todo o corpo.

Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina, uma proteína rica em ferro que dá ao sangue a sua cor vermelha. A hemoglobina permite que os glóbulos vermelhos transportem oxigênio dos pulmões para todas as partes do corpo e transportem dióxido de carbono de outras partes do corpo para ser exalado.

A maioria das células sanguíneas, incluindo as hemácias, é produzida regularmente na medula óssea, um material esponjoso encontrado nas cavidades de muitos ossos grandes. Para produzir hemoglobina e glóbulos vermelhos, seu corpo precisa de ferro, vitamina B-12, ácido fólico e outros nutrientes dos alimentos que você ingere.

A anemia pode ocorrer devido à perda de sangue (hemorragia), a uma alteração na produção de glóbulos vermelhos na síntese de hemoglobina (anemia ferropriva, anemia megaloblática) ou à destruição dos glóbulos vermelhos (anemia hemolítica).

Quais são os sintomas da anemia?

Os sintomas aparecem constituindo a síndrome anêmica: pele e mucosas pálidas, fadiga, fraqueza, palpitações, tontura, dor de cabeça e sensação de falta de ar. A gravidade dos sintomas varia de acordo com a gravidade e o tempo de evolução da anemia.
Além disso, os sintomas do transtorno causal estão associados.

Os mais frequentes são:

  • Palidez da pele e mucosas
  • Cansaço
  • Falta de apetite
  • Dor de cabeça
  • Tontura
  • Falta de ar
  • Dor no peito
  • Vontade de comer coisas estranhas (gelo, terra…)
  • No caso das crianças, dificuldade de aprendizado e concentração

No início, a anemia pode ser tão leve que não é perceptível. Mas os sintomas pioram à medida que a anemia piora.

Como é realizado o diagnóstico?

A identificação da anemia se baseia principalmente na história do paciente e em um hemograma, o popular exame de sangue.

Na análise de sangue detecta a diminuição do número de glóbulos vermelhos, a concentração de hemoglobina e da percentagem de glóbulos vermelhos no volume total do sangue (hematócrito).
Além disso, as características das hemácias (tamanho e cor), bem como a presença de alterações morfológicas ao microscópio no esfregaço de sangue periférico, permitem orientar o diagnóstico.
Às vezes é necessário fazer uma biópsia da medula óssea.

 

No decorrer do mês estarei escrevendo sobre os tipos de anemia. Mas, de forma resumida confira os principais tipos:

  • Anemia ferropriva: é provocada pela carência de ferro, um mineral que integra a hemoglobina e ajuda na produção das hemácias. É o tipo mais comum de anemia no mundo todo.
  • Anemias por deficiência de vitamina B12 e ácido fólico: As vitaminas do complexo B são importantes para a manutenção do DNA. Sem elas, o paciente não consegue fazer as células da medula óssea se dividirem para formarem os glóbulos vermelho.
  • Quando a falta desses nutrientes é causada pela dieta inadequada, dá-se o nome de anemia megaloblástica. Porém, algumas pessoas possuem uma doença autoimune que as impede de absorver essas vitaminas pela alimentação. Se isso culminar em redução das hemoglobinas, estamos diante da anemia perniciosa.
  • Anemia aplástica: essa é uma doença autoimune marcada pela redução na produção de diferentes constituintes do sangue. Ela pode ser hereditária ou, mais comumente, disparada por certas infecções (HIV, hepatite, vírus Epstein Barr…) ou exposição a produtos químicos tóxicos.

Essa versão de anemia acarreta sintomas específicos, como sangramentos involuntários constantes e manchas roxas pelo corpo.

  • Anemia hemolítica: “Em pessoas saudáveis, os glóbulos vermelhos vivem, em média, 120 dias. Na anemia hemolítica, o tempo é reduzido para dez a 20 dias.Essas células são destruídas pelos próprios anticorpos do corpo, seja em decorrência de uma doença autoimune, seja pela ação de medicamentos e reações à transfusão de sangue.
  • Anemia falciforme: é um tipo de anemia hemolítica hereditária. A hemoglobina dos pacientes com essa doença tem um formato diferente, que acaba se destruindo com mais facilidade. Eles sentem dor no corpo e correm maior risco de infecções.

 

Como é realizado o tratamento?

O tratamento depende da causa. Em geral, no caso de uma hemorragia aguda, a anemia é bem tolerada se o volume de líquido perdido for reposto e a causa tratada.
A transfusão da concentração de hemácias (hemácias sem plasma) é geralmente indicada em pacientes com anemia grave (valores de hemoglobina menores que 8 g / dl) e / ou com sintomas diretamente atribuíveis à falta de oxigênio.

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