Por Raquel Luiza,
O que é?
Dano qualitativo e quantitativo da cartilagem articular, determinando neoformação óssea associada à algum grau de inflamação secundária.
Em quem ocorre?
Verificada em 3,5% da população mundial e a prevalência aumenta com a idade aproximando-se de 100% dos indivíduos com idade superior à 85 anos. Superior em mulheres após os 40 anos.
Quais são os sintomas?
O principal sintoma é a dor articular, que apresenta características mecânica ( piora com o movimento continuando e melhora ao repouso.
No examem físico : dor à palpação articular (mãos e pés), limitação do movimento, crepiatãção ao movimento, aumento de volume articular decorrente de proeminências ósseas aliado ao espassamento da sinóvia e ao derrame articular, nódulos de Heberden ( IFD) e Bouchard ( IFP)
Nódulos de Heberden e Bouchard em um paciente com osteoartrite.
Nódulo de Heberden
Nódulo de Heberden
Rigidez< 30 minutos após o repouso.
A osteoartrite de quadril causa dor na virilha ( além de poder causar dor irradiada desde o joelho até a região lombar).
A presença de edema articuar não é comum nos paciente com osteosrtrite, porém na sua presença é importante ter atenção a possíveis diagnósticos diferenciais ( artropatia micro-cristalinas, artrite reumatóide , artrite séptica).
Osteoartrite de interfalangeanas e de metatarsofalangea, formando Hálux bilateral ( popurlamente conhecido como joanete).
Osteoartrite de interfalangeanas das mãos.
Classificaçã da Osteoartrite
Primária:
Mãos ( nódulos de Heberden e Bouchard)
Pés: hálux , talonavicular.
Joelhos: femorotibial ( medial e/ou lateral), patelo-femoral
Quadris
Coluna ( cervical e lombossacra): intervertebral, apofisária.
Secundária:
- Pós traumatica: traumas, lesão ligamentar ou de menisco.
- Desordens mecânicas: comprometimento desigual de MMI ( membro inferior), deformidade de algo ou varo, escoliose, síndrome de hipermobilidade articular.
- Doenças do desenvolvimento articular: Legg-Calvé- Perthes, luxação congênita do quadril, epifisiólose femoral, displasia do acetábulo, displasia ósea, doença de Ehlers-Danlos, doença de Kashin- Beck.
- Artropatias microcristalinas: Gota, doença por depósito de hidroxiapatita.
- Sequelas de outras artropatias: artrite reumatóide, artrite séptica
- Doenças sistêmica: hipotiroidismo, hemocromatose, acromegalia, hemoglobinopatias e outras
Factores de risco
- Idade
- Sobrecarga articular
- Obesidade
- Sexo Feminino
- História familiar
- Tabagismo
Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico baseado nos sinais e sintomas clássicos em pacientes da faixa etária de risco.
A dor é um sintoma obrigatório. A radiologia ajuda, no entanto, casos com alterações exclusivas ao exame de imagem não traduzem diagnóstico. A radiografia é método mais empregadom e a ressonância magnética pode auxiliar nos casos graves.
Tratamento
O objetivo do tratamento é melhorar os sintomas ( sobretudo dor) e afuncionalidade.
Tratamento fisioterápico + maneho sintomático com analgésicos e AINEs + terapia cirúrgica se falha de terapia clínica.
Analgésico comum ( dipirona , paracetamol) são considerados primeira opção para o controle da dor.
AINEs é importante ressaltar que o uso crônico deve ser evitado pelo alto risco de efeitos adversos, sobretudo em idoso.
Nenhum medicamento estaciona ou reverte a Osteoartrite.
O tratamento não medicamentoso é importante a educação do paciente para que entenda a natureza crônica e degenerativa da Osteoartrite.
Perda de peso nos pacientes como sobrepeso ou obesos é a primeira linha no tratamento.
Prática de exercício físico ( aeróbio/fortalecimento) é importante para o tratamento pois melhorará a dor, amplitude dos movimentos, funcionalidade e bem-estar.
O uso de bengala pode ser importante , usar na mão contra lateral do membro afetado.
Calçados que amorteça o impacto.
Algumas terapias térmicas.
O tratamento cirúrgico é a artropastia total ( prótese total) ou Atropatia parcial ( prótese parcial) do quadril ou joelho.
Artropastia total ( prótese total)
Referências
- IMBODEM, J. B. HELLMANN, D.B., STONE, J. H. Current Reumatologia: Diagnóstico e tratamento. São paulo: McGraw-Hill. 2008.
- MANKIA, K., & EMERY, P. What can palindromic rheumatism tellus?. Best practice & research Clinical rheumatology, 31 (1), 90-98. 2017.