Palhaços, músicos e costureiros promovem atividades voltadas para crianças e acompanhantes, espalhando sorrisos de alívio em momentos difíceis
Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger
Há grupos que realizam oficinas com pacientes e acompanhantes, que fazem teatro e brincadeiras, enquanto outros levam músicas ou contam histórias. Há também aqueles que distribuem presentes. Existe, entretanto, algo em comum: todos levam amor e alegria, que amenizam o sofrimento e tiram o foco da rotina de um hospital.
Referência no atendimento a crianças e gestantes no Distrito Federal, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) conta com a dedicação e o apoio de alguns grupos voluntários fixos e outros que exercem atividades esporádicas ou em datas comemorativas.
A dupla de palhaços Fernanda Vinci e Joaquim Olimpio forma o Plantão de Palhaços. Eles interagem com crianças e adultos com o objetivo de criar laços de amizade e cumplicidade com os pacientes, seus parentes e profissionais da saúde. “A intervenção da palhaçaria hospitalar busca despertar a alegria, levando diversão e descontração nas recepções, salas de espera, corredores, ambulatórios, enfermaria e demais setores do Hmib”, conta Fernanda.
“O Plantão de Palhaços faz a alegria das crianças. Temos também uma dupla de músicos que visita as alas pediátricas todas as sextas-feiras e faz atividades de musicalização com as crianças. O grupo Costurinha faz uma visita mensal para doar enxovais que são distribuídos às mães internadas”, explica a coordenadora do voluntariado do Hmib, Rejane dos Santos.
Causa maior
“Os hospitais, muitas vezes, são ambientes tensos, onde fala-se muito sobre doenças e tratamentos. Esses voluntários chegam e trazem um respiro, um alívio para o sofrimento. É um trabalho muito importante no processo de recuperação”Rejane dos Santos, coordenadora do voluntariado do Hmib
Os voluntários doam seu tempo em prol de uma causa maior: aliviar dores e preocupações de pais e crianças. A certeza de que puderam deixar o dia um pouco mais leve é a melhor recompensa para todo grupo de voluntários.
“A palhaçaria hospitalar é um trabalho de troca. Eu exploro as técnicas de palhaçaria buscando uma conexão de presença com os pacientes e com cada pessoa no hospital. Nós criamos brincadeiras que trazem momentos de alegria, cumplicidade e humanidade dentro de um ambiente muitas vezes difícil de lidar. Quando um sorriso acontece, há um momento de alívio, e aí sinto que nosso trabalho vale a pena”, confirma Joaquim.
“A palhaçaria me permite transformar por dentro e por fora. Tem uma arte, a arte da ‘escuta’. Essa escuta é um circuito amoroso de partilha de sentimentos, uma presença genuína que vai nos conectando com a gente mesmo e com os outros”, completa Fernanda.
“Os hospitais, muitas vezes, são ambientes tensos, onde fala-se muito sobre doenças e tratamentos. Esses voluntários chegam e trazem um respiro, um alívio para o sofrimento. É um trabalho muito importante no processo de recuperação”, conclui, emocionada, a coordenadora Rejane.
*Com informações da Secretaria de Saúde