De acordo com o 2º Anuário da Seape, a população carcerária do Distrito Federal no período era de 16.366 custodiados
Adriana Izel, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger
Outro dado que chama a atenção é o número de atendimentos psicológicos. Nos últimos dois anos, foram 15.727 contra 6.228 nos dois primeiros anos de criação da pasta, que passou a ser autônoma em maio de 2020 com a publicação do Decreto nº 40.833.
“O anuário traz uma visão macro do sistema penitenciário. Você consegue ver tudo que é produzido em termos do que a gente consegue fazer. Os números são impressionantes. O sistema penitenciário do DF tem 16 mil presos, então é muito maior do que vários municípios do Brasil”Wenderson Souza e Teles, secretário de Administração Penitenciária
Além disso, o compêndio mostrou o crescimento no número de internos, subindo de 16.200 para 16.366 nas oito unidades prisionais do DF. “Houve um aumento da quantidade de custodiados e, mesmo assim, a assistência ao apenado continua, inclusive com índices maiores”, destaca o chefe do Núcleo de Inteligência da Seape, Félix Vieira.
Também houve ampliação nas assistências prestadas, totalizando 8.562 serviços, com destaque para a emissão do Registro Geral (RG). Foram 1.517 documentos de identidade feitos para os detentos. No outro levantamento, o número de serviços foi de 3.398, sendo 449 da emissão de RGs.
Ainda de acordo com o anuário, foi registrada uma elevação nos custos dos presos. Se, em 2020 e 2021, o governo tinha uma despesa média mensal de R$ 1.818,75, entre 2021 e 2022, o valor subiu para R$ 2.144,66 por mês.
Levantamento de dados
O Anuário Seape tem como objetivo reunir as informações do sistema prisional do DF para dar suporte à secretaria em melhorias, criação de políticas públicas e projeção de futuro.
“O anuário traz uma visão macro do sistema penitenciário. Você consegue ver tudo que é produzido em termos do que a gente consegue fazer. Os números são impressionantes. O sistema penitenciário do DF tem 16 mil presos, então é muito maior do que vários municípios do Brasil. Esse anuário nos dá essa visão”, classifica o secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Souza e Teles.
A primeira edição mapeou os números a partir de maio de 2020 até 2021 e a segunda entre março de 2021 a dezembro de 2022. A terceira edição deve analisar os 12 meses de 2023.