Por Raquel Luiza,
A fotossensibilidade, por vezes conhecida como uma alergia ao sol, constitui uma reação do sistema imunológico desencadeada pelos efeitos da luz solar.
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A luz do sol pode provocar reações do sistema imunológico.
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Podem surgir erupções com coceira, ou áreas de vermelhidão e inflamação nas manchas da pele exposta ao sol.
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O diagnóstico é geralmente feito com base em uma avaliação médica.
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Essas reações são, na maioria das vezes, resolvidas sem nenhum tratamento.
As reações da fotossensibilidade incluem urticária solar, fotossensibilização química e erupção polimorfa à luz, caracterizadas, geralmente, por uma erupção acompanhada de coceira e manchas na pele exposta ao sol. As pessoas podem herdar uma tendência para desenvolver estas reações. Determinadas doenças, como lúpus eritematoso sistêmico e algumas porfirias, também podem provocar reações cutâneas mais sérias à luz solar.
Urticária solar
A urticária (protuberâncias ou vergões grandes, vermelhos, acompanhados de coceira) que surge apenas alguns minutos depois da exposição ao sol é chamada de urticária solar. A urticária normalmente dura por minutos ou horas. Uma pessoa pode estar propensa ao desenvolvimento de urticária solar por um longo período, às vezes indefinido. As pessoas com grandes áreas afetadas às vezes manifestam dores de cabeça e sibilos e sentem tontura, fraqueza e náuseas.
Fotossensibilidade química
São conhecidas mais de 100 substâncias, que se engolidas ou aplicadas na pele, provocam reações na pele induzidas pelo sol. Um número limitado provoca a maioria das reações ( Algumas substâncias que tornam a pele sensível à luz do sol). Há dois tipos de fotossensibilidade química: a fototoxicidade e a fotoalergia.
Na fototoxicidade, as pessoas sentem dor e desenvolvem vermelhidão, inflamação e, às vezes, descoloração castanha ou cinza-azulada nas áreas da pele que estiveram expostas à luz solar durante um curto período de tempo. Esses sintomas assemelham-se àqueles da queimadura solar, porém a reação é diferente de queimadura solar na medida em que ocorre apenas após a pessoa ter ingerido alguns medicamentos (tais como tetraciclinas ou diuréticos) ou compostos químicos, ou os tenha aplicado na pele (como perfumes e alcatrão de carvão). Algumas plantas (que incluem limas, aipo e salsinha) contêm compostos chamados furanocumarinas, que deixa a pele de algumas pessoas mais sensível aos efeitos da luz UV. Essa reação é chamada de fitofotodermatite. Todas as reações fototóxicas aparecem apenas nas áreas da pele que foram expostas ao sol. Elas geralmente aparecem dentro de horas, após a exposição ao sol.
Na fotoalergia, uma reação alérgica causa vermelhidão na pele, escamação, coceira e, às vezes, bolhas e pontos que se assemelham a urticária. Esse tipo de reação pode ser causado por loções pós-barba, protetores solares e sulfonamidas. As substâncias que causam a fotoalergia são capazes de fazê-lo somente após a pessoa ter se exposto tanto à substância, quanto à luz solar, pois é a luz solar que torna a substância capaz de provocar a fotoalergia. As reações fotoalérgicas podem também afetar as áreas da pele que não foram expostas ao sol. Elas geralmente aparecem dentro de 24 a 72 horas após a exposição ao sol.
Erupção polimorfa à luz
Esta erupção é uma reação à luz do sol (principalmente à luz UVA) que não é completamente entendida. É um dos problemas mais comuns relacionados com a pele e ocorre com mais frequência entre as mulheres e as pessoas que vivem nos climas do norte, que não se expõem ao sol regularmente.
A erupção aparece na forma de múltiplos nódulos vermelhos em áreas vermelhas e inchadas (chamadas de placas) e, raramente como bolhas na pele exposta ao sol. Essas placas, que vêm acompanhadas de coceira, normalmente aparecem de 30 minutos a várias horas após a exposição ao sol. Entretanto, novas placas podem se desenvolver muitas horas, ou vários dias depois.
A erupção, geralmente desaparece num período de alguns dias ou semanas. É característico dessa doença que as pessoas que a apresentam e continuam a se expor ao sol se tornem, aos poucos, menos sensíveis aos efeitos da luz solar, um processo conhecido como endurecimento.
Quais são os sintomas?
Entre os efeitos que qualquer indivíduo pode sofrer na pele em decorrência do sol estão vermelhidão, queimaduras, hiperpigmentação e, eventualmente, envelhecimento precoce da pele.
As pessoas escuras (com grande quantidade de melanina) são mais resistentes ao sol do que as de pele clara. Além disso, os raios ultravioleta podem atuar como fatores a favor dos tumores cutâneos malignos. Há uma série de situações patológicas em que a exposição ao sol causa lesões muito importantes:
Na urticária solar, a radiação solar causa urticária extensa e com muita coceira.
A xeroderma pigmentosa é uma doença congênita em que os mecanismos de reparo do DNA estão alterados. Desde tenra idade, manchas hiperpigmentação aparecem como consequência de radiações solares que podem degenerar em tumores malignos.
A fotossensibilidade a medicamentos consiste em uma sensibilidade exacerbada da pele à luz solar induzida pela ação de certos medicamentos.
Na erupção polimorfa limínica, a pele reage ao sol com o aparecimento de pápulas, vesículas e / ou crostas.
Como é realizado o diagnóstico?
Baseia-se na observação das lesões e na apreciação da relação causa-efeito que tem com a exposição solar.
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Avaliação de um médico
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Às vezes fototestes (adesivo cutâneo e teste de reprodução da reação)
Não existem exames específicos para detectar reações de fotossensibilidade. O médico suspeita dessas doenças quando surge uma erupção cutânea apenas nas zonas expostas ao sol. Uma meticulosa análise do histórico médico da pessoa, dos sintomas cutâneos, de qualquer doença, dos medicamentos tomados por via oral ou de substâncias aplicadas sobre a pele (como medicamentos ou cosméticos) pode ajudar o médico a estabelecer a causa da reação de fotossensibilidade. Os médicos podem realizar exames para excluir doenças conhecidas por tornar determinadas pessoas propensas a essas reações (como o lúpus eritematoso sistêmico).
Quando ocorre uma erupção cutânea numa área da pele que foi exposta ao sol e o diagnóstico não estiver definido, os médicos podem realizar testes com adesivos colocados na pele e testes de reprodução da reação que envolvem a exposição à luz UV (fototeste), quando a pessoa não estiver fazendo uso de nenhum medicamento que provoque reações de fotossensibilidade. Esses testes podem ajudar a esclarecer que tipo de reação de fotossensibilidade pode ser a causa.
TRATAMENTO
É imprescindível prevenir essas situações evitando o banho de sol nos horários de máxima radiação (10-14 horas), e fazendo-o por curtos períodos de tempo e com a proteção solar mais adequada.
Aconselha-se proteger os olhos com óculos escuros, os lábios com hidratantes e a cabeça com chapéu ou boné.
Uma vez ocorrida a queimadura solar, seu tratamento é semelhante ao de outra causa.
Urticaria solar
Xeroderma pigmentosa
Fotossensibilidade a medicamentos
Erupção polimorfa limínica
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