Novo horto agroflorestal busca promover a saúde da população, oferecendo plantas e alimentos que auxiliam no bem-estar. A meta é implementar no DF mais nove desses espaços até dezembro
Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger
Equipamento público de saúde, o local é voltado à população da Região Central e coloca na prática conceitos de educação nutricional e ambiental. A área verde acolhe plantas medicinais e alimentícias, com participação da comunidade, baseada em um trabalho biodinâmico, que enxerga a saúde como um todo.
Os Hmabs também incentivam a ocupação das UBSs com ações que as aproximem da comunidade. “Dessa forma, promovemos o sentimento de utilização do espaço público com algo que é realmente para as pessoas”, destaca a Referência Técnica Distrital (RTD) de plantas medicinais/fitoterapia, Marcos Trajano.
“Vemos o potencial do lugar a partir das atividades que os profissionais já realizam com a população. No horto da Asa Sul, por exemplo, cultivamos desde plantas medicinais, boas para chás, escalda-pés, banho de assento, até os fitoterápicos das farmácias vivas. Também temos as Pancs e frutas”Fabiana Mongeli Peneireiro, pesquisadora da Fiocruz
A inauguração faz parte de uma iniciativa da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Hoje, a rede conta com seis hortos medicinais: UBS 1 da Asa Sul; UBS 1 do Itapoã; UBS 1 do Lago Norte; Casa de Parto, em São Sebastião; Farmácia Viva do Riacho Fundo e do Centro de Referência em Práticas Integrativas (Cerpis), em Planaltina.
Em quatro desses hortos é feita a entrega da planta fresca, mediante prescrição médica. Na Farmácia Viva do Riacho Fundo ocorre a produção de medicamentos fitoterápicos, que são distribuídos para 25 UBSs e para o Cerpis de Planaltina, que os repassam dentro da Região de Saúde Norte.
Até dezembro, serão entregues mais nove desses espaços: UBSs 3 e 10 de Santa Maria; UBS 6 de Samambaia; UBS 8 de Ceilândia; UBS 1 de Brazlândia; Escola Classe Beija-Flor, na 316 Norte; Subsecretaria de Vigilância à Saúde, na 712 Sul; Diretoria de Vigilância Ambiental, no Noroeste; e Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Candango, no Setor Comercial Sul.
Saúde que vem da terra
As espécies cultivadas nessas áreas são selecionadas de acordo com o perfil do local. Portanto, cada horto tem uma característica própria adequada às necessidades da comunidade a qual está inserido.
“Vemos o potencial do lugar a partir das atividades que os profissionais já realizam com a população. No horto da Asa Sul, por exemplo, cultivamos desde plantas medicinais, boas para chás, escalda-pés, banho de assento, até os fitoterápicos das farmácias vivas. Também temos as plantas alimentícias não convencionais [Pancs] e frutas”, explica a pesquisadora da Fiocruz Fabiana Mongeli Peneireiro.
Os interessados em participar das atividades nos Hmabs precisam morar na região da UBS de referência que abriga o espaço. Em seguida, basta entrar em contato com as equipes das unidades de saúde correspondentes.
*Com informações da Secretaria de Saúde