Novos tratamentos para artrite reumatoide mostram eficácia no mundo real em novo estudo

Por Raquel Luiza,


A artrite reumatoide é um distúrbio inflamatório crônico em que uma resposta imunológica equivocada é direcionada contra os tecidos articulares. Com o passar do tempo, a inflamação crônica característica da doença pode comprometer outros sistemas, como o cardiovascular, a pele e a visão.

Os medicamentos mais recentemente aprovados contra a doença são os inibidores JAK, que visam direcionar e inibir uma porção específica da resposta imune. No entanto, algumas dúvidas foram lançadas sobre a efetiva eficácia e segurança desses novos medicamentos em condições de mundo real. A boa notícia é que um novo estudo de pesquisadores da japonesa Universidade de Kobe trouxe essas respostas.

A publicação na revista Rheumatology lembra que atualmente há quatro inibidores da janus kinase aprovados para uso pela Food and Drug Administration; tofacitinib (Xeljanz), baricitinib (Olumiant) e upadacitinib (Rinvoq). Também é lembrado que a utilização dos inibidores JAK está recomendada apenas para pacientes que não conseguiram alívio ou não suportaram a utilização das terapias mais tradicionais, aí incluídos os inibidores TNF (fator de necrose tumoral).

Essa recomendação tem como fundamento um ensaio clínico de 2021 em portadores de artrite reumatoide com 50 anos ou mais e ao menos um fator de risco cardiovascular na qual a utilização do inibidor JAK tofacitinib resultou em pequeno aumento do risco de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral em comparação à utilização de inibidores TNF (3,4% vs 2,5%).

No estudo atual, os pesquisadores acompanharam por até 6 meses 622 portadores de artrite reumatoide tratados com qualquer um dos quatro inibidores JAK disponíveis. Após 6 meses, 90% deles ainda tomava a medicação, 80% deles conseguiu o objetivo principal de baixa atividade da doença e aproximadamente um terço dos pacientes viu sua doença entrar em remissão clínica.

Segundo os autores, seus resultados provam a eficácia dos inibidores JAK no curto prazo para controle da doença, mas o trabalho segue para que sejam obtidos resultados em prazos mais longos. Quanto ao aumento do risco cardiovascular, o consideram discreto o suficiente para que a relação risco-benefício seja favorável à utilização dos inibidores JAK.

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Fonte: https://academic.oup.com/rheumatology/advance-article-abstract/doi/10.1093/rheumatology/kead543/7332151?redirectedFrom=fulltext&login=false

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