SES-DF encerra ciclo de oficinas do projeto Mosaic com melhorias para o enfrentamento às doenças respiratórias

Por RAQUEL LUIZA,

 


Objetivo da iniciativa é fortalecer e aprimorar a vigilância e os planos de ação. Essa parceria também envolve o Ministério da Saúde, o Conass e a Opas

Nesta sexta-feira (23), ocorreu o encerramento dos quatro dias de oficina do projeto Mosaic, uma metodologia que aprimora e fortalece os planos de enfrentamento às emergências em saúde pública. Parceria da Secretaria de Saúde (SES-DF), do Ministério da Saúde (MS), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), o projeto servirá como base para a elaboração do plano de contingência dos vírus respiratórios.

Durante os quatro dias, as oficinas avaliaram as ocorrências passadas no Distrito Federal, as construções realizadas e os ajustes necessários. Os participantes debateram formas de monitoramento e intervenção, assim como a construção de uma matriz de risco – ferramenta que avalia a probabilidade de um evento ocorrer e quais consequências.

Com o término da oficina, o próximo passo é a elaboração do Plano de Contingência para Vírus Respiratórios Sazonais. A expectativa é desenvolver um plano com a avaliação de risco de forma regionalizada nas macrorregiões de saúde e considerando as estruturas, contexto, capacidades, cenários e ações de resposta para o público infantil e adulto.

Presente no encerramento, o representante da Coordenação Geral de Covid-19 e outras viroses do MS, Marcelo Gomes, reiterou a importância da integração para um bom enfrentamento às emergências de saúde. Foto – Jhonatan Cantarelle – Agência Saúde DF.

Integração
A chefe de gabinete da Secretaria de Saúde (SES-DF), Camila Menezes, destaca que o evento foi um marco para a integração das áreas técnicas no combate às doenças respiratórias. “A cada dia vamos alcançando a maturidade desta interação entre diferentes setores, porque o trabalho deve ser integrado. Podemos construir essa rede juntos e aprender a cada momento”, declarou.

Também presente no encerramento, o representante da Coordenação Geral de Covid-19 e outras viroses do MS, Marcelo Gomes, reiterou a importância da integração para um bom enfrentamento às emergências de saúde. “É natural que, por conta da rotina, fiquemos muito fechados em aquele universo particular, do nosso próprio setor, porém a vigilância envolve outras entidades. Precisamos aproveitar o que os outros têm de prática e conhecimento”, destacou.

Êxito
Também participante da oficina, a gerente de Epidemiologia de Campo (Gecamp), Priscilleyne Reis, acredita em resultados proveitosos após o projeto. “O método foi muito bem estruturado, apresentou todos os passos de como melhorar os processos para, de fato, a gente pensar em planos de contingências”. Agora, a gerente se prepara para as próximas ações desse debate: “Muito trabalho, mas de forma organizada e efetiva para melhorar as ações”.

O representante do Conass, Nereu Monsano, reconheceu o êxito do projeto no DF e as forças da SES-DF no combate às doenças: “Reparamos a vigilância robusta e entendemos que as dificuldades observadas aqui não devem ser muito diferentes das que veremos em outros estados”.

A expectativa do representante da Opas, Alexander Roswell, é agregar conhecimentos e experiências de outros estados em projetos futuros no DF. “Vamos trabalhar na detecção e nos processos de fortalecer a capacidade de mensurar riscos. Vamos trazer documentos, processos e abordagens de relevância”, afirmou.

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