Especialista recomenda cuidados para prevenção de síndromes respiratórias

Por RAQUEL lUIZA,

 


Aumento de casos de doenças respiratórias em crianças no HRSM: 97% dos registros são pediátricos

O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) tem registrado um aumento significativo nos atendimentos de doenças respiratórias, afetando principalmente as crianças. Entre janeiro e abril deste ano, foram notificados 1.215 casos de síndromes respiratórias, tanto graves quanto leves, segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep Gripe) e do aplicativo e-Sus, compilados pela Vigilância Epidemiológica do HRSM.

Ocorrências predominam entre crianças: 274 casos aferidos entre janeiro e abril deste ano | Foto: Divulgação/IgesDF

 Prevenção de Doenças Respiratórias

De acordo com o pediatra e infectologista Pedro Ribeiro Bianchini, do HRSM, a prevenção dessas doenças, como a bronquiolite viral aguda, segue as mesmas orientações da pandemia de covid-19: lavar as mãos, usar álcool gel e máscaras ao interagir com recém-nascidos e crianças pequenas. Entre os casos graves notificados, 97% envolvem crianças, sendo 51% do sexo masculino e 49% do feminino. Vale destacar que 55% dos casos são de moradores de Goiás e 45% do Distrito Federal.

Impacto dos Vírus e Período Escolar

Bianchini explica que o aumento de casos ocorre principalmente após o início do período letivo, com picos entre fevereiro e março. “Já temos vírus circulando desde outubro/novembro, mas o aumento de casos é esperado a partir de janeiro”, afirma o médico. Os principais vírus envolvidos são influenza, rinovírus, sincicial respiratório e adenovírus.

Distribuição dos Casos

Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram classificados da seguinte forma: 3% devido à influenza, 49% causados por outros vírus, 26% relacionados à covid-19, e 22% não especificados.

Cuidados Preventivos para Recém-Nascidos

O pediatra alerta que, nos primeiros três meses de vida, o contato de recém-nascidos com outras pessoas deve ser evitado, inclusive em ambientes fechados, como shoppings e restaurantes. “É importante garantir que qualquer pessoa que entre em contato com o bebê não apresente sintomas de doenças respiratórias”, recomenda Bianchini. Além disso, ele reforça a importância de consultas pediátricas mensais, vacinação em dia e aleitamento materno.

Perspectiva de Vacinas

Uma nova vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador de bronquiolite em bebês, está em fase de estudos para imunizar gestantes e recém-nascidos. “Se adotada pelo SUS, essa vacina pode reduzir significativamente os casos de bronquiolite”, conclui o especialista.

Fonte: IgesDF

 

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