Novo aplicativo reforça combate à dengue com mapeamento de focos do Aedes aegypti no DF

Com o ‘e-Visit@ DF Endemias’, agentes vão reunir informações de forma mais rápida e moderna sobre o mosquito transmissor da doença; teste-piloto ocorrerá em dezembro

Por Agência Brasília* | Edição: Débora Cronemberger

 

A luta contra a dengue ganhou mais um aliado no Distrito Federal. A Secretaria de Saúde (SES-DF) está em fase final de desenvolvimento do aplicativo “e-Visit@ DF Endemias”. Com a ferramenta, agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) poderão reunir informações de maneira ágil sobre a doença. O teste-piloto será lançado ainda em dezembro, seguido por um treinamento de profissionais da área.

O sistema será exclusivo às atividades de campo dos agentes, permitindo que eles façam o registro em tempo real das visitas domiciliares, de uma maneira georreferenciada. Assim, será possível criar mapas de risco, desenhando localidades com maior incidência do vetor e guiando as ações da SES-DF | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

“É um avanço na capacidade de responder ao cenário epidemiológico no DF. Com o aplicativo vamos agregar a inteligência tecnológica ao trabalho dos agentes, facilitando a consolidação das informações e de decisões mais imediatas e efetivas”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.

O projeto busca gerenciar, controlar e disponibilizar virtualmente os dados coletados, visando aprimorar estratégias para o controle do Aedes aegypti e de outros vetores. A execução na capital federal será possível graças ao Acordo de Cooperação Técnica (ACT) assinado em agosto entre a SES-DF e Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES-MS) – estado que utiliza o aplicativo desde 2016. O documento possibilita a troca de soluções digitais e o desenvolvimento conjunto de novas tecnologias.

“O aplicativo auxilia na tomada de decisões mais rápidas e precisas diante de surtos endêmicos”, diz o chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para a Prevenção de Endemias da SES-DF, Victor Bertollo Gomes Porto | Foto: Ingrid Soares/Agência Saúde-DF

“A ferramenta auxilia na monitorização, na tomada de decisões mais rápidas e precisas diante de surtos endêmicos e na consolidação de dados para planos de contingência”, detalha o chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para a Prevenção de Endemias (Amispe) da SES-DF, Victor Bertollo Gomes Porto. Segundo o gestor, a parceria com a SES-MS também traz economia de recursos, uma vez que desenvolver a ferramenta do zero sairia mais caro.

Qualquer recipiente, por menor que seja, pode se tornar um criadouro de Aedes aegypti. Verifique vasos de plantas, pneus, garrafas e até mesmo tampinhas de garrafas. Estes são exemplos de locais ideais para o inseto depositar os seus ovos

Como irá funcionar?

O sistema será exclusivo às atividades de campo dos agentes, permitindo que eles façam, por exemplo, o registro em tempo real das visitas domiciliares, de uma maneira georreferenciada. Assim, será possível criar mapas de risco, desenhando localidades com maior incidência do vetor e guiando as ações da SES-DF.

“O aplicativo gera informações sobre a casa que o agente visitou e se havia foco de dengue ou não. Esses dados criam um relatório em forma de mapa de calor, além de informes automatizados sobre produtividade e acompanhamento de metas dos profissionais”, explica Porto.

Inicialmente, serão fornecidos 79 celulares aos agentes que atuam no Plano Piloto. Após o teste de validação, haverá uma ampliação gradual a todas as regiões administrativas do DF.

A luta é de todos

Além do trabalho da SES-DF, parte do cuidado contra a dengue precisa partir da população. Nesse sentido, é fundamental receber os agentes e reservar ao menos dez minutos semanais para inspecionar a casa e suas imediações.

Qualquer recipiente, por menor que seja, pode se tornar um criadouro. Verifique vasos de plantas, pneus, garrafas e até mesmo tampinhas de garrafas. Estes são exemplos de locais ideais para o inseto depositar os seus ovos. Mantenha caixas-d’água, tonéis e barris bem tampados.

Vacinar crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos também é indispensável no combate à doença.

*Com informações da SES-DF

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