Agitação Motora: Descubra as Causas, Sintomas e Como Tratar Essa Condição

Por Raquel Luiza,


A agitação motora é uma condição caracterizada por um aumento anormal da atividade física e mental, geralmente acompanhada de inquietação, movimentos repetitivos ou descoordenados, e dificuldade em manter o foco ou o controle emocional. Esse estado pode ser temporário ou crônico, dependendo de sua causa, e pode afetar pessoas de qualquer idade, sendo especialmente frequente em contextos de transtornos psiquiátricos ou condições neurológicas.

No artigo a seguir, vamos explorar o que é a agitação motora, seus sintomas, principais causas, como preveni-la, além de diagnóstico e formas de tratamento.


O que é Agitação Motora?

A agitação motora refere-se a um estado de hiperatividade física e mental, em que a pessoa sente uma necessidade constante de se movimentar, mesmo sem propósito claro. Esses movimentos podem incluir caminhar de um lado para o outro, balançar as pernas, mexer as mãos ou realizar gestos repetitivos e impulsivos.

Embora possa ocorrer como resposta a estímulos emocionais, como estresse ou ansiedade, a agitação motora também está relacionada a condições médicas e psicológicas mais complexas, como transtornos psiquiátricos, intoxicações ou doenças neurológicas.


Sintomas da Agitação Motora

Os sintomas podem variar de intensidade e duração, mas geralmente incluem:

  • Movimentos físicos repetitivos ou sem propósito, como balançar-se, bater os pés ou mexer objetos constantemente.
  • Dificuldade para ficar parado em situações que exigem calma.
  • Fala rápida e desorganizada, com dificuldade de manter um diálogo coerente.
  • Irritabilidade ou ansiedade intensas, muitas vezes sem explicação aparente.
  • Sensação de inquietação interna, como se fosse impossível relaxar.
  • Agressividade ou impulsividade, em casos mais graves.

Causas da Agitação Motora

A agitação motora pode ser causada por diversos fatores, que vão desde situações temporárias até condições médicas graves. Algumas das causas mais comuns incluem:

  1. Transtornos Psiquiátricos:
    • Ansiedade generalizada.
    • Transtorno bipolar, especialmente durante episódios maníacos.
    • Esquizofrenia ou outros transtornos psicóticos.
    • Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
  2. Condições Neurológicas:
    • Parkinson ou outras doenças neurodegenerativas.
    • Epilepsia, especialmente no período pós-crise.
    • Lesões cerebrais traumáticas ou relacionadas a acidentes vasculares cerebrais (AVC).
  3. Uso ou Abstinência de Substâncias:
    • Intoxicação por álcool, drogas estimulantes (cocaína, anfetaminas) ou cafeína.
    • Abstinência de substâncias como benzodiazepínicos ou álcool.
  4. Doenças Sistêmicas:
    • Hipoglicemia (níveis baixos de açúcar no sangue).
    • Distúrbios hormonais, como hipertireoidismo.
    • Febres altas, especialmente em crianças (delírio febril).
  5. Fatores Ambientais e Psicológicos:
    • Estresse agudo ou trauma emocional.
    • Privação de sono prolongada.

Diagnóstico da Agitação Motora

O diagnóstico requer uma avaliação detalhada para identificar a causa subjacente. O processo pode incluir:

  1. Anamnese completa: Levantamento do histórico clínico, emocional e familiar do paciente.
  2. Exame físico e neurológico: Para detectar sinais de doenças sistêmicas ou neurológicas.
  3. Exames laboratoriais: Incluem hemograma, glicemia, função hepática e renal, e níveis hormonais (como da tireoide).
  4. Avaliação psiquiátrica: Para investigar transtornos de humor, ansiedade ou outros problemas mentais.
  5. Exames de imagem: Como tomografia ou ressonância magnética, se houver suspeita de lesão cerebral ou doença neurológica.

Prevenção da Agitação Motora

Embora algumas causas de agitação motora não possam ser prevenidas, medidas podem ajudar a reduzir os riscos ou evitar crises:

  • Adotar uma rotina equilibrada: Incluindo sono de qualidade, alimentação saudável e prática regular de exercícios.
  • Gerenciar o estresse: Técnicas como meditação, ioga e terapia podem ajudar a lidar com situações desafiadoras.
  • Evitar substâncias estimulantes: Limitar o consumo de cafeína, álcool e drogas recreativas.
  • Tratar condições de saúde preexistentes: Como transtornos de ansiedade, TDAH ou doenças crônicas.
  • Buscar apoio psicológico: Quando enfrentar problemas emocionais ou traumas.

Tratamento da Agitação Motora

O tratamento depende da causa identificada e pode incluir uma combinação de abordagens:

  1. Medicamentos:
    • Ansiolíticos ou antipsicóticos, em casos de transtornos psiquiátricos.
    • Anticonvulsivantes ou medicamentos neurológicos, para condições como epilepsia ou Parkinson.
    • Reguladores hormonais, em casos de distúrbios da tireoide.
  2. Psicoterapia:
    • Terapia cognitivo-comportamental (TCC) para ansiedade e controle emocional.
    • Terapia de apoio para lidar com estresse ou traumas.
  3. Intervenção comportamental:
    • Técnicas de relaxamento, como respiração profunda ou mindfulness.
    • Estruturar uma rotina diária que inclua atividades relaxantes.
  4. Apoio nutricional e hidratação:
    • Em casos associados a hipoglicemia ou desequilíbrios metabólicos.
  5. Hospitalização:
    • Em casos graves, que envolvam risco para o paciente ou outras pessoas, pode ser necessário internamento temporário.

Por que Procurar Ajuda?

A agitação motora não é apenas um sinal de desconforto físico ou emocional, mas pode indicar problemas de saúde mais graves. Identificar a causa e buscar tratamento é essencial para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida.


Cuide de sua saúde mental e física!
Se você ou alguém próximo apresenta sintomas de agitação motora, procure um profissional de saúde para avaliação. No RaquelLuiza.com, estamos comprometidos em oferecer informações que ajudem você a entender melhor seu corpo e suas emoções.

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