AstraZeneca, que permite armazenamento por até 48 horas, pode ter sobras que ficaram no frasco utilizadas
“Caso haja dose remanescente, pode ser aplicada nos idosos, para atingirmos esse público em sua totalidade”Tereza Luiza, chefe da Rede de Frio
A Secretaria de Saúde (SES) publicou uma circular com orientações técnicas sobre o uso de doses remanescentes de vacinas contra a covid-19. O documento informa que a AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), após aberta, pode ser armazenada por até 48 horas a uma temperatura entre 2°C e 8°C. Devido a essa durabilidade, o Comitê Operacional de Vacinação Contra a Covid-19 optou por utilizar, no dia seguinte, as doses que sobraram do frasco aberto.
Já com a vacina CoronaVac, segue a determinação anterior de utilizar as doses remanescentes em idosos. Após aberto, o imunizante produzido pelo Instituto Butantan pode ser aplicado em um período de até oito horas, durante o qual deverá estar armazenado em temperatura de 2°C a 8°C.
“Com essa alteração na estratégia e otimização do uso da D2 de CoronaVac, as unidades já apontaram que não está tendo sobra, mas, caso haja dose remanescente, pode ser aplicada nos idosos para atingirmos esse público em sua totalidade”, resume a chefe da Rede de Frio, Tereza Luiza.
Intervalos
Na última sexta-feira (30/4), a SES anunciou que a aplicação da segunda dose da CoronaVac ocorrerá, temporariamente, em 16 locais de vacinação, a fim de garantir a administração das duas doses (D1 e D2) com o intervalo preconizado.
Também houve otimização do horário de aplicação da D2 nos pontos informados, até as 15h. Assim ocorreu neste sábado (1º), da mesma forma que será feito no domingo (2), quando a dose de reforço do imunizante está disponível no drive-thru do Parque da Cidade.
A mudança é temporária e válida até que novas remessas da CoronaVac cheguem à capital federal. O DF recebeu, neste sábado (1º), 9,8 mil doses desse imunizante – são esperadas mais 2,2 mil doses para completar o esquema vacinal local. A SES destaca que, mesmo aguardando esse quantitativo, não há atraso na aplicação da D2 da CoronaVac.
Conheça as vacinas
No Brasil, atualmente, são aplicadas as vacinas CoronaVac e AstraZeneca para a prevenção da covid-10. Cada uma possui recomendações e especificações técnicas diferentes. Já foram utilizados três tipos da vacina desenvolvida pela universidade inglesa de Oxford em parceria com o laboratório sueco-britânico AstraZeneca. Apesar da mesma fórmula e tecnologia, cada uma possui especificações diferentes, orientadas por seus laboratórios fabricantes.
DF já recebeu 559.360 doses da CoronaVac
Das vacinas recebidas com a fórmula do laboratório AstraZeneca, houve remessas de lotes produzidos pelo Instituto Serum, na Índia. As vacinas produzidas em território indiano receberam o nome de Covishield. Também houve remessa da vacina Covax Supply, produzida na Coreia do Sul. Essas desembarcaram no Brasil por meio do consórcio Covax Facility. Já o imunizante produzido na Fiocruz é chamado de Vacina Covid-19 (recombinante).
A CoronaVac foi desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e, no Brasil, é produzida pelo Instituto Butantan. Até o momento, é o imunizante mais utilizado tanto no DF – que já recebeu 559.360 doses – quanto no restante do país.
A CoronaVac tem intervalo de aplicação de 14 a 28 dias entre a dose inicial e a de reforço. A AstraZeneca tem especificações diferentes conforme o fabricante (veja na arte). O intervalo de aplicação é de 12 semanas. O DF já recebeu 276 mil doses desse imunizante.
*Com informações da Secretaria de Saúde