Por RAQUEL LUIZA,
QUADRIL (LUAXAÇÃO TRAUMÁTICA)
Exigirá um trauma de alta energia, geralmente um acidente de carro em que o passageiro bate no painel com os joelhos.
A luxação pode ser classificada conforme a sua direção: anterior, posterior, central e associada à fratura da cabeça femoral.
A força é transmitida ao longo do fêmur e impulsiona a cabeça do fêmur para trás, deixando a cápsula articular (luxação posterior).
SINTOMATOLOGIA
Geralmente é observada em pacientes jovens, com história de trauma violento, que apresentam dor na raiz da coxa, impotência funcional e posição típica da coxa: adução, rotação interna e encurtamento do membro.
Em casos de luxação anterior, o membro parece alongado, abduzido e rodado externamente.
DIAGNÓSTICO
O aumento do risco deste tipo de lesão está associado à energia de trauma envolvida, à quantidade de lesões presentes e ao tempo decorrido do trauma até o tratamento definitivo. Como qualquer luxação musculoesquelética, é considerada uma urgência ortopédica, devido ao risco de complicações de lesões vasculares e neurológicas.
O diagnóstico é baseado na história clínica, exame físico ortopédico e exames complementares.
- O paciente geralmente apresenta intensa dor e deformidade no membro acometido, em atitude de flexão/extensão/abdução/adução conforme o tipo de luxação.
- Nos casos de luxação posterior , 10% a 14% dos casos estão associados à lesão do nervo ciático.
- Esses pacientes, ao chegarem na sala de emergência, devem ser avaliados como pacientes politraumatizados e seguir todo protocolo intra-hospitalar do ATLS (ABCDE).
TRATAMENTO
Requer intervençao de emergência, sob anestesia e subsequente estabilização temporária com tração.
A cirurgia pode ser indicada em casos de fratura cirúrgica da taça, fragmentos intra-articulares ou incapacidade de redução.
A complicação mais séria é a necrose avascular da cabeça femoral.
O tratamento da luxação do quadril (femoroacetabular) se dá através de:
- Redução incruenta no centro cirúrgico em caráter de urgência. Nos casos onde não se conseguir essa redução fechada, minoria dos casos, deverá ser realizada uma redução aberta.
- Após a redução da articulação do quadril na fase aguda, este paciente é reavaliado e são solicitadas novas radiografias (anteroposterior/Alar/Obturatriz) e a tomografia.
• A continuação do tratamento, cirúrgico ou não, dependerá da presença ou não de outras lesões ou fraturas; como, por exemplo, fraturas da cabeça do fêmur, acetábulo ou corpos livres intra-articulares.
• Teste de estabilidade dinâmica com escopia durante intraoperatório