Distrito Federal segue previsão do Ministério da Saúde para imunizar grupos prioritários
A cada remessa de vacinas que a Secretaria de Saúde recebe da União, uma nota técnica orientando sobre o uso do insumo direciona o quantitativo de vacinas que determinados públicos-alvo receberão. Como exemplo, as 47.250 doses da vacina AstraZeneca, recebidas na manhã desta quarta-feira (9), vieram com a orientação para uso como primeiras doses.
“As doses chegam acompanhadas de uma nota técnica enviada pelo Ministério da Saúde, com orientações acerca dos grupos prioritários que devem ser atendidos. Depois disso, o Comitê de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 no DF se reúne para discutir a ampliação da vacinação de acordo com as doses que chegam”, explica a chefe do Núcleo da Rede de Frio, Tereza Luiza Pereira.
As doses recebidas na Pfizer/BioNTech na última segunda-feira (7), e a remessa da AstraZeneca recebida nesta quarta (9), já estão com a programação concluída para atendimento dos grupos de Comorbidades e Pessoas com Deficiência Permanente, Trabalhadores de Educação do Ensino Básico, forças de segurança e salvamento, Forças Armadas e funcionários do sistema de transporte aeroportuário. Desta forma, será possível também ampliar a faixa etária.
“Cada dose tem o destino certo para os brasilienses. Todo o planejamento da vacinação é feito e calculado baseado na estimativa populacional do público alvo vigente. Por isso, após cada chegada de vacina o Comitê se reúne para decidir e planejar a estratégia de vacinação que será implantada”, destaca Tereza Luiza Pereira.
Fluxo
Primeiro as doses são recebidas na Rede de Frio Central e depois são distribuídas para as Regiões de Saúde, que, por sua vez, as encaminham para os pontos de vacinação de sua região para atender ao público estimado que deve buscar a dose nesses pontos.
“O agendamento tem possibilitado uma vacinação de forma mais planejada. No entanto, o que tem observado é que as pessoas estão agendando as doses, mas não estão indo buscar a vacina, ou até chegam no posto, mas não querem a vacina que está disponível. Por isso, para dar celeridade ao processo vacinal, o prazo aberto para que a pessoa que agendou retorne à unidade foi diminuído para cinco dias”, destaca o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.
Nas últimas semanas têm-se observado ainda que o público de comorbidades e de pessoas com deficiência está realizando pouco agendamento. O Ministério da Saúde envia as doses para cada público de acordo com a estimativa populacional do Distrito Federal para cada grupo. Na semana passada foi aberto o agendamento de pessoas com deficiência sem cadastro no BPC, a estimativa é que esse público no DF seja de 80 mil pessoas. Para esta primeira fase de atendimento deste público foram destinadas 15 mil doses. No entanto, somente 3,5 mil realizaram o agendamento.
Com a possibilidade pelo Ministério da Saúde, por meio de uma Nota Técnica, de que estados com baixa procura possam avançar nas idades, o DF adotou a estratégia de, considerando a baixa procura dos grupos vigentes, remanejar as doses para a população em geral abaixo de 59 anos. Com isso, hoje as pessoas de 59 e 58 anos já podem agendar suas vacinas. Enquanto isso, os demais grupos para quem o Ministério da Saúde está enviando as doses continuam também sendo atendidos.
*Com informações da Secretaria de Saúde